Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Pellegrinelli, Karina de Barros |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-15042010-112622/
|
Resumo: |
Introdução: Os objetivos do tratamento do Transtorno Afetivo Bipolar (TB) foram além da recuperação sintomática, incluindo também a recuperação funcional, foco das abordagens psicossociais como a psicoeducação. Objetivo: Verificar o impacto da psicoeducação na recuperação sintomática e funcional dos pacientes bipolares. Métodos: Trata-se de um estudo randomizado controlado com 51 pacientes portadores de TB tipo I ou II, de acordo com os critérios do DSM-IV TR; em remissão, com pontuação 7 na escala HDRS 17 itens e 6 na escala YMRS; em acompanhamento ambulatorial no GRUDA do IPq HC FMUSP, ou em acompanhamento psiquiátrico particular ou ainda no CAPS Del Rei MG. A distribuição dos sujeitos nos grupos foi feita por meio de randomização estratificada, em que os sujeitos, primeiramente, foram divididos em blocos estratificados de acordo com gênero, faixa etária, número de episódios anteriores da doença, escolaridade e estado civil. Posteriormente, dentro de cada bloco, os sujeitos foram distribuídos nos grupos aleatoriamente, por meio do lançamento da moeda ao ar repetidas vezes, em que GE foi cara e GC coroa. Assim, foram formados dois grupos homogêneos, evitando-se tendências e favorecimentos. O grupo experimental foi composto de 29 pacientes que receberam, além do tratamento farmacológico, a intervenção psicoeducacional. O grupo controle foi composto de 22 pacientes que receberam, além do tratamento farmacológico, encontros placebo. Entende-se placebo por intervenção em relaxamento. Ambos os grupos tiveram 16 encontros, duas vezes por semana, com 90 minutos de duração. Os instrumentos de avaliação foram aplicados no início (TA), no meio (TB) e no fim do tratamento (TC), e no seguimento de seis (TD) e 12 meses (TE). As escalas utilizadas para avaliar a recuperação sintomática foram: HDRS para a depressão, e YMRS, para a mania. As escalas para avaliar a recuperação funcional foram: WHOQOL-Bref e Escala de Adequação Social- EAS. A melhora clínica global foi avaliada pela CGI. Resultados: HDRS aumentou de forma significativa ao longo do tempo (p=0,002), não houve diferença entre os grupos (p=0,890) e como a interação não foi significativa (p=0,373), o aumento foi equivalente entre os grupos; YMRS não alterou de forma significativa ao longo do tempo (p=0,359) e também não houve diferença significativa entre os grupos (p=0,294), as médias iniciaram baixas e mantiveram-se baixas; WHOQOL-Bref no domínio 4, houve uma tendência de diminuição das médias ao longo do tempo em ambos os grupos (p=0,059), apesar de não ter havido diferença significativa entre os grupos (p=0,175), parece haver uma tendência (p=0,084) do GE diminuir mais do que o GC; e EAS aumentou de forma significativa ao longo do tempo (p=0,044), não houve diferença entre os grupos (p=0,167) e, como a interação não foi significativa (p=0,410), o aumento foi equivalente nos dois grupos. CGI após o término do tratamento: 92,5% da PE e 78,2% do GC apresentaram melhora clínica global; após um ano, foram: 87,5% da PE e 75,1% do GC. Conclusão: Os resultados mostraram que a PE tendeu a impactar positivamente no bem estar do indivíduo em seu meio ambiente; promoveu uma melhora clínica global maior em todos os tempos avaliados com relação ao controle e essa melhora foi mantida em um ano; PE e controle mantiveram a recuperação sintomática maníaca. Apesar disso, a PE não protegeu de recaídas depressivas e de piora da adequação social. Portanto, a PE mostrou-se eficaz no bem-estar do paciente em seu meio ambiente, na melhora clínica global e na proteção de recaídas maníacas. |