Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Batista, Tarciso Aparecido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-27072014-151943/
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Resumo: |
RESUMO Introdução: Nas últimas décadas a ideia limitada de que o tratamento para o Transtorno Afetivo Bipolar (TAB) consiste apenas em encontrar a medicação \"certa\" tem sido amplamente dissipada. A complexidade clínica dessa doença e os diferentes graus de adesão à farmacoterapia, demanda a utilização de opções terapêuticas variadas. Entre as alternativas para suprir essa demanda, tem-se combinado ao tratamento farmacológico uma abordagem psicoeducacional como opção eficaz no tratamento dos indivíduos com TAB. O uso da psicoeducação em formato de grupo tem sido frequentemente utilizada em vários estudos com bons resultados, porém a Psicoeducação Domiciliar ainda não foi avaliada e tal formato não tem sido aplicado em ensaios controlados até o momento. Objetivo: o objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da Psicoeducação Domiciliar em pacientes com Transtorno Afetivo Bipolar, em tratamento farmacológico padrão, realizada em suas residências. Metodologia: Tratase de um estudo randomizado controlado com 30 pacientes portadores de TAB tipo I ou II, de acordo com os critérios do DSM-IV TR; eutímicos com pontuação 8 na Escala de Depressão de Hamilton (HAM-D) 17 itens e 6 na Escala de Mania de Young (YOUNG). A distribuição dos sujeitos em dois grupos foi feita por meio de randomização estratificada. O grupo experimental (GE) composto de 15 pacientes recebeu além do tratamento farmacológico, visitas domiciliares com intervenção psicoeducacional. O grupo controle (GC) composto de 15 pacientes recebeu, além do tratamento farmacológico, visitas domiciliares placebo, sem intervenção psicoeducacional. Ambos os grupos receberam visitas semanais totalizando 8 sessões, com 90 minutos de duração cada uma. Os instrumentos de avaliação foram a escala de HAM-D para sintomas de depressão, e YOUNG, para a mania. As escalas para avaliar a recuperação funcional foram: WHOQOL-Bref e Escala de Adequação Social (EAS). Utilizou-se para avaliar a adesão medicamentosa a Escala de Adesão Medicamentosa (EAM) e o Teste de Morisk e Green. Resultados: Com relação à avaliação sintomática não houve recaída em ambos os polos, maníaco e depressivo, durante o estudo, somente uma diminuição nos escores da escala de HAM-D no grupo experimental ao longo do tempo (p<0,01). Na escala de YOUNG não houve uma diferença significativa entre os tempos e entre grupos (p=0,20). Na avaliação funcional as médias se mantiveram ao longo do tempo na escala EAS (p=0.08) e na escala WHOQOL-bref. Contudo em relação à adesão medicamentosa, no início do estudo a média de adesão no grupo experimental era 60% avaliada pela escala de Morisky e Green, no final do estudo houve um aumento dessa aderência para 93.3% (p=0.03). Na avaliação da Adesão Medicamentosa pela EAM o grupo experimental teve um aumento significativo nas médias ao longo do tempo (p<0,001), confirmando um aumento importante na adesão medicamentosa. Conclusão: Os dados demostraram que uma abordagem Psicoeducacional Domiciliar Breve de 8 sessões realizada em pacientes com TAB teve um impacto significativo na melhora da adesão medicamentosa. Não foi observado impacto funcional, pois as médias das escalas de avaliação funcional não se alteraram significativamente durantes o estudo em ambos os grupos. Não foi possível avaliar o impacto clínico da psicoeducação na sintomatologia afetiva destes pacientes, pois desde o início do estudo, eles permaneceram eutímicos, sem recaídas depressivas nem maníacas. A Psicoeducação Domiciliar demonstrou sua eficácia como abordagem psicossocial melhorando a adesão ao tratamento dos pacientes com TAB. |