Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Mayra de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-13012022-144634/
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Resumo: |
Introdução: a infecção do sítio cirúrgico (ISC), complicação pós-operatória mais comum, impacta na morbidade e mortalidade dos pacientes e está associada ao aumento do tempo de internação e dos custos hospitalares, entretanto cerca de 60% delas são evitáveis por meio de medidas de prevenção. Apesar de as recomendações para a prevenção de ISC considerarem relevante a educação e inclusão de pacientes como agentes ativos no processo, existem poucas evidências nacionais analisando a percepção acerca da participação de pacientes na prevenção de ISC. Objetivo: analisar a percepção de pacientes e profissionais de saúde sobre a participação dos pacientes na prevenção de ISC. Método: estudo descritivo-exploratório, do tipo transversal, incluindo uma amostra por conveniência de pacientes cirúrgicos eletivos no período pós-operatório e profissionais de saúde (médicos cirurgiões e enfermeiros), envolvidos na assistência a pacientes cirúrgicos, de duas instituições de saúde (pública e privada) da cidade de São Paulo. Para análise dos dados, utilizaram-se o Teste Qui-Quadrado, Exato de Fisher, Teste de Kruskal-Wallis, de Wilcoxon-Mann-Whitney, t de Student e Welch e modelo de ANOVA, além de regressão logística ordinal. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, sob Parecer no 4.362.054. Resultados: a amostra foi composta por 123 pacientes e 92 profissionais de saúde. A maioria concordou totalmente com a relevância da participação do paciente para a prevenção de ISC. 85,4% dos pacientes gostariam de se envolver na prevenção de ISC. O paciente ter sido submetido à cirurgia previamente foi associado à percepção de que a participação do paciente impacta nas taxas de ISC (p=0,021). Verificou-se divergência entre os grupos referente ao momento mais adequado para educação do paciente, no qual os pacientes indicaram o período pós-operatório, e os profissionais, o pré-operatório (p<0,001). As estratégias consideradas como mais efetivas para a participação do paciente na prevenção de ISC foram o uso de exposição oral, vídeo e panfletos, no qual constatou-se diferença significativa entre a percepção dos grupos (p<0,001, p=0,009, p<0,001, respectivamente). O nível de escolaridade dos pacientes esteve relacionado à preferência pela estratégia de exposição oral (p=0,026) e roda de conversa (p=0,033). Conclusão: pacientes e profissionais de saúde julgam ser importante a participação do paciente na prevenção de ISC e acreditam que esta impacta nas taxas de ISC. Além disso, a maioria dos pacientes deseja se envolver na prevenção de ISC e considera que as estratégias mais efetivas para participação dos pacientes são a exposição oral, vídeos e panfletos, semelhante à percepção dos profissionais de saúde. Implicações para a prática clínica e pesquisa: os resultados podem colaborar com a identificação das melhores estratégias para a inclusão dos pacientes como membros ativos de seu cuidado no tocante à prevenção de ISC, além de ajustes em relação às estratégias atualmente empregadas no período pós- operatório. |