Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Torres, Lilian Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-22072011-114317/
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Resumo: |
A crescente preocupação sobre as infecções relacionadas à assistência à saúde levou a Organização Mundial da Saúde a promover a criação da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, enfatizando ações básicas de controle de infecções. A redução de sua incidência implica em proteção para o paciente, profissionais e instituições, favorecendo a prestação da assistência livre de riscos. Dentre as mais frequentes, a infecção do sítio cirúrgico deve ser compreendida como elemento qualificador do cuidado e, os dados relacionados, o ponto de partida para as ações preventivas e de controle. Os hospitais têm dificuldades para realizar a vigilância epidemiológica pós-alta, tarefa complexa haja vista a tendência de redução do tempo de internação. Conhecer dados sobre a readmissão contribui para melhorar os dados de vigilância pós-alta. Foi realizado um estudo exploratório com o objetivo de descrever a epidemiologia das readmissões por infecções de sítio cirúrgico em pacientes em um hospital público de Belo Horizonte (MG). Foram avaliados 98 registros médicos e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar referentes aos indivíduos readmitidos por este motivo entre janeiro/2008 e dezembro/2009. Os resultados demonstraram que um quarto dos pacientes que desenvolveu infecção do sítio cirúrgico na instituição necessitou de nova internação. A idade média dos indivíduos foi de 57,2 anos; mais da metade apresentava diabetes mellitus, e um terço, hipertensão arterial sistêmica; no entanto, o risco anestésico para a maioria foi classificado como baixo. As infecções ocorreram com maior frequência em cirurgias limpas e potencialmente contaminadas, e as especialidades com maior número de pacientes readmitidos foram ortopedia, com mais da metade dos procedimentos relacionados à correção de fraturas, e cirurgia geral, na qual as hernioplastias/rafias e colecistectomias predominaram. Metade dos indivíduos recebeu biomaterial em suas intervenções. Os tempos cirúrgicos e de internação não diferiram dos estudos encontrados na literatura. Praticamente todos os pacientes utilizaram antibioticoprofilaxia, segundo protocolo da instituição. Os primeiros sinais e sintomas surgiram, em média, após 33,2 dias, e metade dos infectados teve o diagnóstico nos primeiros 30 dias de pós-operatório. A classificação das infecções mostrou que metade dos pacientes apresentou infecção de órgãos e cavidades e, para 60% deles, foram necessárias novas intervenções cirúrgicas, além do tratamento antimicrobiano. O micro-organismo predominante nas infecções ortopédicas foi Staphylococcus aureus e nas infecções da cirurgia geral Escherichia coli, ambos com perfil de resistência abaixo daqueles encontrados na literatura. O estudo permite concluir que a vigilância pós-alta e o monitoramento das taxas de readmissão contribuem para o redimensionamento do problema e definição de ações pontuais para seu controle. |