A atuação do agente comunitário de saúde em São Bernardo do Campo: possibilidades e limites para a promoção da saúde.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santos, Luciana Patriota Gusmão Soares dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7137/tde-21112006-102019/
Resumo: A pesquisa tem como objetivo caracterizar o perfil dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), identificando as ações realizadas e analisando-as à luz do paradigma da Promoção da saúde. Para isso optou-se por uma pesquisa exploratória do tipo quanti-qualitativa, realizada com todos os ACS das 15 equipes de PACS, num total de 241 ACS, do município de São Bernardo do Campo (SP). A coleta de dados foi pela aplicação de um questionário para a caracterização dos ACS e um formulário baseado nas competências preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS), que buscou identificar as ações que este profissional realiza, bem como a freqüência com a qual executa essas ações. O conteúdo dos instrumentos de coleta foi organizado e analisado no programa computacional SPSS. Como resultado da análise evidenciou-se que a maioria dos ACS é constituída de mulheres, com idade média de 33 anos, com união conjugal, de raça branca e parda, nascidas na região Sudeste, zona urbana, com ensino médio completo e curso profissionalizante, com participação em um trabalho formal antes de ser ACS e que vivem com média de 3 salários mínimos. Em média, moram há 15 anos no bairro onde trabalham, sendo que há 4 anos trabalham como ACS. A forma de participação comunitária na vida pessoal que mais se destaca é a ligada a grupos religiosos. As competências preconizadas pelo MS: \"Integração da equipe com a população local\"; \"Prevenção e monitoramento de risco ambiental e sanitário\" e \"Prevenção e monitoramento a grupos específicos e morbidades\" são em sua maioria realizadas pelos ACS, enquanto que as de \"Planejamento e avaliação das ações de saúde\" e \"Promoção da saúde\" são realizadas de forma heterogênea pelo Município. Partindo-se do princípio que as estratégias de Promoção da saúde necessitam, entre outros fatores, das políticas públicas para concretizar suas ações, concluiu-se pela necessidade de se realizar um planejamento das ações do ACS que seja comum a todo o Município, pela importância de se fortalecer a competência do ACS para a Promoção da saúde, de forma que esta possa encaminhar para o empowerment da comunidade e para a intersetorialidade.