Promoção da saúde: percepção dos agentes comunitários de saúde a partir da sua formação e da sua prática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Marcia Mulin Firmino da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-08012010-100353/
Resumo: Introdução A promoção da saúde visa à melhoria da qualidade de vida, por meio de políticas públicas favoráveis ao desenvolvimento da saúde e do reforço da capacidade dos indivíduos e das comunidades. A estratégia da Saúde da Família trabalha com os referenciais da promoção da saúde e o agente comunitário de saúde é o elemento que agrega esse potencial na equipe de saúde. Objetivo Analisar a percepção dos agentes comunitários de saúde sobre a Promoção da Saúde, a partir da sua formação e da sua prática e discutir sobre as possibilidades e limitações da atuação desses trabalhadores. Metodologia Foi utilizada a pesquisa-ação, que possibilita uma estreita associação entre a investigação e a resolução de um problema coletivo. O estudo envolveu como sujeitos os agentes comunitários de saúde das Unidades Básicas de Saúde, a partir de um grupo composto por dezoito agentes comunitários de saúde, representativos das unidades envolvidas. O trabalho foi construído em conjunto com o grupo, através de: a) oficinas de reflexão, nas quatro unidades de saúde, com o conjunto dos ACS, identificando a percepção dos mesmos em relação ao conceito de promoção da saúde e em relação ao trabalho realizado nessa área; b) oficinas com o grupo de representantes dos ACS, sistematizando os conteúdos; e c) seminário para apresentação e discussão dos resultados obtidos. Para a sistematização dos conteúdos foi utilizada técnica de análise de discurso. Resultados e discussão: Os agentes comunitários conceituam a promoção da saúde relacionando-a aos determinantes sociais do processo saúde-doença, porém foram identificadas várias dificuldades para desenvolver ações nesse âmbito, como ações educativas e coletivas; de articulação intersetorial e de participação ou cidadania. Nessas categorias, as limitações apreendidas dizem respeito ao processo de empowerment individual e coletivo, na perspectiva da autonomia e do exercício do poder para a transformação social. O processo reflexivo identificou também outros desafios a serem superados, relativos ao trabalho em equipe e a gestão do cuidado, organização trabalho, capacitação ou formação, suporte emocional, e condições de trabalho, os quais foram organizados em uma proposta de trabalho. Considerações finais: A pesquisa-ação possibilitou, de forma coletiva e participativa, compreender e analisar o trabalho dos agentes comunitários na promoção da saúde, refletindo sobre as limitações existentes e possibilidades de sua superação. O desenvolvimento de um plano de ação, que contempla a abordagem das categorias analisadas, tem como alvo as equipes de saúde da família, através da supervisão técnica e das reuniões das equipes. Sistematizar o processo de reflexão e problematização da realidade com o grupo envolvido produziu conhecimentos e conteúdos que podem contribuir para instrumentalizar os processos de formação e educação permanente do expressivo contingente de agentes comunitários de saúde no Brasil