Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Guerrero, Carlos Eduardo Monroy |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27159/tde-17112014-094856/
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Resumo: |
Partindo de uma análise que visualiza a figura e o auto entendimento do artista da performance como uma construção social, produto das vicissitudes culturais e políticas sempre atreladas às distintas ordens do poder na academia e no mercado, o presente documento rasteia -- desde a modernidade até a contemporaneidade -- os fenómenos, formas e modos de comportamento e de ação que tem sido, regularmente, associados ao sujeito artista performer. Estes modos aqui abordados criticamente como modelos e protótipos de comportamento, na sua última instância têm engessado e limitado o escopo da prática em performance que, ainda hoje, é idealizada como a \"possibilidade expressiva plena\". A dissertação procura então desmantelar vários dos princípios que se acreditam essenciais e inerentes à prática em performance como: o embasamento na \"realidade\", a inquestionabilidade da presença do artista pela presença do seu corpo, a condição não reprodutível do evento efêmero, o encontro da transcendência através da ação, a inerente contestação ao sistema do capital através de sua prática etc. como paradigmas incontestáveis que delimitam o que é e o que não é performance hoje, paradoxalmente, a partir de suas simulações. Pensamento em re-formance parte da premissa da impossibilidade de dissociação entre artista/obra na performance, assinalando a três crises - uma d identidade, outra de auto sabotagem e uma ultima que hipertrofia o corpo - na sua figura central, o artista. Estas, à medida que se revelaram no contingente histórico, têm contestado um a um os princípios paradigmáticos da prática, que, no entanto continuam vigentes, obrigando-nos a ter que re-pensar a pessoa artista como um caráter da ordem do fictício, socialmente teatralizado, que quando autoconsciente, tem o potencial de se revelar como uma construção totalmente montável e autoral. A partir deste último entendimento do artista e em junção com uma severa avaliação sobre o papel que teve o registro fotográfico, a re-performance e o reenactment nestas crises, a documento anuncia anunciar a agonia da performance entendida dentro dos lindes do seu paradigma, e propõe uma nova prática: a re-formance, que fundamentada em uma construção fraccionada do ser e no pastiche, pretende outorga valor a imitação e a cópia na performance -- banidas pelo principio de realidade -- como forças plausíveis para desde institucionalização da prática se opor as limitadoras e engessadas paradigmas da prática hoje. |