Efeito adjuvante da terapia fotodinâmica antimicrobiana no tratamento periodontal, status salivar, controle glicêmico e qualidade de vida relacionada a saúde oral de pacientes com Diabetes Mellitus tipo 1 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Cunha, Paula de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-04102021-152842/
Resumo: A doença periodontal (DP) e o diabetes mellitus (DM) são doenças crônicas que interagem entre si. O tratamento periodontal deveria trazer não só benefícios clínicos como mudanças no controle metabólico e percepção na qualidade de vida relacionada a saúde oral (QdVRSO). A literatura aborda, majoritariamente, essa relação em pacientes com DM tipo 2. O objetivo deste ensaio clínico randomizado (ECR) paralelo foi avaliar o efeito da terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT) como terapia adjuvante a raspagem e alisamento radicular (RAR) através de parâmetros clínicos, salivares, sistêmicos e questionários sobre QdVRSO em pacientes com DM tipo 1 (DM1) após 6 meses de acompanhamento, comparado a indivíduos sem alterações sistêmicas. Trinta e oito pacientes foram divididos nos quatro braços deste ECR: DRAR (n=8; 1122 sítios) pacientes com DM1 submetidos somente a RAR; DPDT (n=10; 1524 sítios) pacientes com DM1 submetidos a RAR + aPDT; CRAR (n=10; 1409 sítios) pacientes saudáveis submetidos somente a RAR e CPDT (n=10; 1386 sítios) pacientes saudáveis submetidos a RAR + aPDT. A aPDT foi aplicada imediatamente após a raspagem por meio de um laser vermelho (658nm, 100 mW, 8J, 80s, aplicação múltipla nos dias 0, 7 e 14) e azul de metileno (10mg/ml). Os parâmetros clínicos avaliados foram: profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção (NCI), índice da placa (IP) e índice de sangramento a sondagem (ISS). AS variáveis salivares foram pH e capacidade tamponante. O efeito sistêmico foi medido através da hemoglobina glicada (HbA1c) nos pacientes DM1 e glicemia capilar (GC) nos quatro grupos. A QdVRSO foi medida através da aplicação dos questionários GOHAI e OHIP-14. Clinicamente, até o 1º mês os grupos não apresentaram diferença estatisticamente significantes na redução de PS ou ganho de NCI (p>0,05). No 3º mês, DPDT tem melhores resultados comparado ao DRAR e CDPT e CRAR não demonstram diferenças. No 6º mês, CPDT supera os demais grupos na redução da PS (-0,66±1,17mm; p<0,05). Pacientes com DM1 apresentam maiores índices de IP do baseline aos 6 meses (p<0,05). O pH e capacidade tamponante não apresentaram diferença entre grupos e/ou entre os tempos de controle. Os níveis de HbA1c reduziram ao final do ECR, mas os valores da GC não. GOHAI e OHIP-14 foram capazes de detectar o agravo da DP na QdVRSO, mas somente OHIP-14 apresentou melhora após terapia periodontal sem apontar superioridade a nenhuma delas. Concluímos que a aPDT pode trazer benefícios no tratamento da DP, desde que pacientes com DM1 sigam um protocolo de controle com consultas mais frequentes.