Biomarcadores inflamatórios em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 tratados por terapia fotodinâmica antimicrobiana adjuvante ao tratamento periodontal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gonsales, Isabela Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25152/tde-06042022-151849/
Resumo: A periodontite e o diabetes são doenças de alta prevalência que se inter-relacionam como fatores de risco. O tratamento periodontal visa restabelecer a homeostasia do periodonto, atuando nos fatores que predispõem a inflamação local e, devido a isso, pode influenciar também na condição sistêmica. A terapia fotodinâmica antimicrobiana (aPDT) é uma alternativa adjuvante ao tratamento periodontal convencional (raspagem e alisamento radicular - RAR), que visa potencializar os resultados, podendo gerar benefícios clínicos, microbiológicos e imunológicos, tanto em pacientes saudáveis, quanto em pacientes com comprometimento sistêmico. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito da aPDT associada à RAR em pacientes saudáveis e com diabetes do tipo 1 (DM1), através da análise da melhoria dos parâmetros imunoinflamatórios (IL-1, IL-4, IL-6, IL-8, TNF-) do fluido crevicular gengival (FCG), comparando-os à profundidade de sondagem (parâmetro clínico periodontal). Trinta e oito pacientes foram divididos em 4 grupos: pacientes com DM1 submetidos à RAR (DRAR, n=8, 1.122 sítios); pacientes com DM1 submetidos à RAR e aPDT (DPDT, n=10, 1.524 sítios); pacientes sem diabetes submetidos à RAR (CRAR, n=10, 1.409 sítios); pacientes sem diabetes submetidos à RAR e aPDT (CPDT, n=10, 1.386 sítios). A aPDT foi executada imediatamente após a raspagem (Azul metileno 10mg/ml, laser vermelho, 100mW, 8J/dente, 4 sessões). Ao baseline, 3 e 6 meses foi avaliada a profundidade de sondagem (PS) e feita a coleta do FCG dos 3 sítios com maiores profundidade de sondagem e de hemiarcos diferentes. Foram coletados FCG de 24 pacientes (72 sítios) para quantificação dos biomarcadores inflamatórios através de imunoensaio multianalito Luminex. Para as análises estatísticas foram realizados testes paramétricos e não paramétricos e os resultados clínicos foram analisados pelo teste de análise de variância (ANOVA) de medidas repetidas a dois critérios, complementados pelo teste de Fisher (p<0,05). Foi realizado a análise do alcance da meta clínica do estudo clínico randomizado (38 pacientes), pelo teste Qui-Quadrado, e as possíveis correlações entre a profundidade de sondagem e quantidade de citocinas inflamatórias pelo teste de correlação de Pearson (p<0,05). Em relação a profundidade de sondagem, houve diferença nas variáveis tempo e tratamento, sendo estatisticamente significante entre tratamentos RAR e RAR + aPDT (p<0,05). Na análise das dosagens das citocinas não houve diferenças significativas entre tempos (p>0,05), do baseline aos 6 meses. Na análise do TNF- a aPDT teve redução mais significativa que a RAR (p<0,05) e nas demais citocinas não houve diferenças significantes. Em relação ao alcance da meta clínica não houve diferença entre os grupos, os pacientes com e sem diabetes responderam de forma semelhante aos tratamentos. Concluindo, a utilização da aPDT como adjuvante ao tratamento periodontal pode ser benéfica, como uma ferramenta complementar ao tratamento, podendo gerar melhores resultados nos parâmetros clínicos e inflamatórios, o que seria importante principalmente nos pacientes com comprometimento sistêmico.