Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Barros, Regis Eric Maia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-07102008-173614/
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Resumo: |
No início de 1990, as internações psiquiátricas no Brasil constituíam-se a segunda fonte de despesas com internações hospitalares. A partir de 1992, com as diretrizes do Ministério da Saúde, houve mudanças na caracterização das internações. Os hospitais psiquiátricos, progressivamente, deixaram de constituir a base do sistema assistencial, com o aumento da rede de serviços extra-hospitalares. A XIII Diretoria Regional de Saúde (DRS XIII), com sede em Ribeirão Preto, foi submetida a estas diretrizes, levando à reorganização do atendimento de saúde mental. De modo que, no início da década de 1990, a DRS XIII dispunha de 685 leitos psiquiátricos para internações agudas. As taxas de ocupação chegavam a 96% e o tempo de permanência era elevado com grande número de re-internações. Com as diretrizes, houve redução para 114 leitos para internações agudas e, concomitantemente, houve uma ampliação dos serviços extra-hospitalares de saúde mental. Essas medidas levaram a uma diminuição do número de internações e na taxa de ocupação para 60 a 70%. No entanto, a partir de 2003, passaram a ocorrer dificuldades para internação integral devido à falta de vagas. Esta pesquisa objetiva avaliar essas mudanças caracterizando as internações. Foi criado um banco de dados único utilizando dados armazenados nos banco de dados de cada hospital envolvido no estudo. Todas as internações entre os anos de 1998 a 2004 foram contabilizadas. Foram analisadas as seguintes variáveis: faixa etária, sexo, estado civil, ocupação, diagnósticos, procedência, distrito sanitário para pacientes que residiam em Ribeirão Preto, tempo de permanência, re-internações, giro leito e taxa de ocupação. Foram internados 5362 pacientes correspondendo a 11.208 internações com as seguintes proporções de distribuição: Hospital Psiquiátrico (47,8%), Hospital Geral (14,1%) e Emergência Psiquiátrica (38,1%). As taxas de ocupação nos serviços de internação integral tiveram aumento nos últimos anos da pesquisa apesar do giro leito permanecer relativamente elevado. Não existiram marcantes diferenças entre os serviços em relação às características demográficas das internações, mantendo-se um padrão de predominância de pacientes do sexo masculino, adultos jovens, sem vínculos conjugais estáveis, inativos profissionalmente e provenientes da própria região de Ribeirão Preto. As internações mais curtas predominaram nos serviços, havendo maior proporção de internações prolongadas no Hospital Geral, provavelmente pela gravidade dos casos. A maior proporção das internações é proveniente de Ribeirão Preto, com predomínio daquelas oriundas do distrito atendido pelo Núcleo de Saúde Mental do Centro de Saúde Escola. Os diagnósticos mais encontrados em todos os serviços foram os transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas, transtornos do humor, transtornos psicóticos e transtornos de personalidades, havendo algumas diferenças nas proporções entre os serviços. O número de re-internações aproxima-se de um quarto (1/4) das internações em cada ano. O aumento das internações pode está relacionado as limitações da rede de serviços extra-hospitalares. A emergência psiquiátrica foi responsável por cerca de 40% das internações no período do trabalho. Novos serviços extra-hospitalares podem determinar melhorias na rede de atendimento. |