Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Dandaro, Fernanda Massarotto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-12072024-134600/
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Resumo: |
O Acordo de Paris e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, com o estabelecimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, implicam investimentos globais substanciais por meio de financiamento de longo prazo e com boa relação custo-benefício. Dentre os diversos instrumentos de financiamento, os chamados títulos verdes (green bonds) estão ganhando destaque tanto em países desenvolvidos quanto nos emergentes. Com o recente crescimento, o ritmo acelerado das emissões não foi seguido pelas pesquisas científicas, com muitos aspectos relevantes sem serem explorados como, por exemplo, aspectos que poderiam influenciar a oferta de títulos verdes pelas empresas. Essa é a lacuna que o presente estudo pretende preencher, ao examinar a relação entre a adoção de práticas ambientais, sociais de governança corporativa e a emissão de títulos verdes em países emergentes. Os dados foram coletados para empresas de capital aberto em seis países (África do Sul, Brasil, Chile, China, Filipinas e Tailândia), para um período de seis anos. Com a estimação dos modelos propostos utilizando a regressão logística binária, os resultados empíricos indicam que o desempenho ambiental, social e de governança estão positivamente associados à probabilidade de emissão de títulos verdes em mercados emergentes, seja esse desempenho passado ou corrente. Os achados também sugerem que dentre as três dimensões ESG, a dimensão de governança parece ter um peso maior na possibilidade de emissão de títulos verdes corporativos. Isso significa, por exemplo, que uma empresa tem mais chances de emitir um título verde para financiar um projeto ambientalmente responsável se possuir práticas de governança corporativa, mesmo que não tenha bom desempenho ambiental e social. Portanto, em um ambiente em que o mercado financeiro não é desenvolvido, com desafios ambientais e sociais maiores e com acesso ao capital reduzido, as empresas mais propensas a emitir títulos verdes para financiar projetos sustentáveis, e sinalizar aos investidores que são comprometidas com o desenvolvimento sustentável, são àquelas com alto valor de mercado, rentáveis, com bom desempenho econômico, e que já iniciaram a adoção de práticas ambientais, sociais e de governança. Essa pesquisa oferece orientação prática às empresas ao compreender aspectos que podem influenciar a oferta de títulos verdes em mercados emergentes. E, ainda traz indícios de que os títulos verdes podem ser um instrumento de sinalização sobre seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. O estudo também contribui para o melhor entendimento da relação entre a emissão de títulos verdes com os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, trazendo observações e questionamentos sobre as divulgações dos ODS por parte das empresas emissoras. As evidências do estudo podem ser relevantes para investidores, gestores de empresas, analistas financeiros, e acadêmicos. |