A Amazônia como lugar de conflito: o caso do Naturalismo Integral 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Palumbo, Carmen
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-05122018-094311/
Resumo: Nessa dissertação, a viagem-expedição ao Rio Negro, realizada por Pierre Restany, Frans Krajcberg e Sepp Baendereck em 1978, e a análise das circunstâncias que levaram à escrita do Manifesto do Naturalismo Integral, são tomados como ponto de partida para refletir sobre a atuação do crítico Pierre Restany no processo de internacionalização da arte latino-americana nos anos 1960 e 1970. Com foco no contexto brasileiro, concentrado no eixo São Paulo - Rio de Janeiro, a recepção negativa do manifesto pela classe intelectual brasileira será analisada a partir de documentos da época conservados no Fundo Pierre Restany dos Archives de la Critique dArt (Rennes-França) e das matérias jornalísticas publicadas nos jornais da época. Procuramos analisar as diferentes representações de paisagens presentes nos documentos desaminados e as subjacentes visões da arte: por um lado, a floresta exótica e sublime evocada por Restany através do conceito de choque amazônico e sua inserção na teorização de uma arte planetária e internacional e, por outro, a Amazônia enquanto território de luta e resistência no processo de construção da identidade brasileira nos escritos daqueles autores que, como Francisco Bittencourt, Mário Pedrosa e Frederico Morais, pleitearam a afirmação de narrativas historicamente subalternizadas, contribuindo à criação de uma gnose liminar, ou seja, de um novo lugar de enunciação na história da arte.