Caminhos da arte de León Ferrari em São Paulo: do exílio (1976-1982) ao retorno gradual a Buenos Aires (1982-1991)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Munuera, Glaucos Marcelo Fedozzi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-21072020-191106/
Resumo: Esta pesquisa propõe discutir a obra do artista argentino León Ferrari produzida durante sua permanência na cidade de São Paulo,entre os anos de 1976 e 1991, a partir de três eixos. Através de suas relações com o conceitualismo latino-americano e com sua própria produção pregressa, busca-se destacar o papel do meio artístico paulistano como fonte para o desenvolvimento técnico e estético do artista. Em primeiro lugar, com a apresentação de críticos e teóricos que buscaram dar contornos a uma denominada arte latino-americana, ensejou-se compreender por quais motivos a obra de León Ferrari esteve a princípio ausente de suas leituras e quais o levaram a penetrar nestes panoramas nos anos finais do século XX, observando o papel que o período paulistano de sua obra teve nesta mudança. Em seguida, no cerne da pesquisa, a análise de obras que incluem o tridimensional das esculturas de arames e barras de metal e o bidimensional das heliografias, xerografias e das páginas de livros de artista, aponta elementos comuns no conjunto da produção paulistana que oferecem chaves de leitura para esta fase artística. Aqui, formas e funções das obras são levadas em conta na configuração de um quadro carregado de tensionamentos com retornos e desdobramentos em relação a suas velhas composições e novas frentes de estudo. Por fim, como testemunhos da contaminação de uma obra voltada aos significados políticos por uma arte de sentidos na produção de Ferrari dentre as décadas de 1970 e 1980, são apresentados e analisados alguns textos da crítica e do artista referentes ao período em foco.