Comportamento ingestivo de bovinos em pastos de capim marandu submetidos a regimes de lotação contínua.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Sarmento, Daniel Oliveira de Lucena
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-29072003-083931/
Resumo: O conhecimento dos aspectos relacionados à interface planta:animal em sistemas de produção em pastagens ganha enorme relevância quando se tem como objetivo principal trabalhar dentro de princípios baseados no equilíbrio e racionalidade do uso dos recursos inerentes ao processo produtivo. Dessa forma, caracterizar os componentes da estrutura do dossel forrageiro e o efeito que os mesmos exercem sobre o comportamento ingestivo de animais em pastejo assume grande importância, uma vez que podem influenciar de forma relevante o consumo de forragem. Dentro desse contexto, o presente trabalho teve como objetivo procurar elucidar aspectos pertinentes à interface planta:animal através da quantificação do tamanho e da taxa de bocado, tempo gasto nas atividades de pastejo, ruminação e ócio pelos animais, e o consumo diário de forragem em pastos de Brachiaria brizantha cv. Marandu pastejados por bovinos em regime de lotação contínua e taxa de lotação variável. O experimento foi realizado em área do Departamento de Zootecnia da USP/ESALQ, em Piracicaba, SP, entre 01 de novembro de 2001 e 14 de fevereiro de 2003. Os tratamentos corresponderam a quatro alturas de dossel forrageiro (10, 20, 30 e 40 cm) mantidas em steady state, e foram alocados às unidades experimentais segundo um delineamento de blocos completos c casualizados, com quatro repetições. Os resultados revelaram uma redução em consumo de forragem com a diminuição da altura do dossel forrageiro (1,3; 1,8, 1,8 e 2,0 kg MS.kg PV -1 para 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente), conseqüência da redução em tamanho de bocado (0,5; 0,8; 1,2 e 1,5 g MS.bocado -1 para 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente). Os animais, na tentativa de tentar compensar a redução em consumo, aumentaram a taxa de bocado (46,3; 30,3; 23,8 e 17,5 bocados.minuto -1 para 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente) e, na condição de 10 cm de dossel forrageiro, aumentaram, também, o tempo de pastejo (11,4; 10,7; 10,6 e 10,5 horas.dia -1 para 10, 20, 30 e 40 cm, respectivamente). Concluiu-se que a ingestão de forragem pode ser controlada através de variações em condição e estrutura do dossel forrageiro, situação essa que demonstra o potencial de planejamento e monitoramento de estratégias de pastejo baseadas em metas de condição de dossel para níveis variáveis de exigências nutricionais, épocas do ano e espécie animal.