Produção e produtividade animal em capim-marandu submetido a estratégias de pastejo rotativo e adubação nitrogenada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Gimenes, Flávia Maria de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-22102010-105834/
Resumo: Experimentos em grande escala para avaliação do manejo do pastejo são raros, apesar de sua importância. O objetivo deste experimento foi avaliar metas de manejo para o capim-marandu submetido à pastejo rotativo definidas em série de experimentos de menor escala (piquetes), utilizando o nitrogênio para amplificar contrastes entre as estratégias de pastejo avaliadas. As avaliações ocorreram de fevereiro de 2009 a abril de 2010 e os tratamentos corresponderam a duas alturas pré-pastejo (25 e 35 cm) e duas doses de fertilizante nitrogenado (50 e 200 kg ha-1 ano de N) (designados como 25/50, 25/200, 35/50 e 35/200) e foram alocados às unidades experimentais (UE) segundo um delineamento de blocos completos casualizados, com quatro repetições. Cada UE foi formada por 6 piquetes de 0,5 ha cada, os quais foram manejados como mini-fazendas. Cada uma das 16 minifazendas recebeu três novilhos Nelore (média 327 kg) como animais-teste para mensuração do ganho de peso diário (GMD) e mais um número variável de animais para ajustes na taxa de lotação. A meta de altura pós-pastejo foi comum a todos os tratamentos (15 cm), porém foi permitido variar acima desse valor como forma de gerar flexibilidade e permitir a manutenção das metas de altura prépastejo. Pastos manejados na altura pré-pastejo de 25 cm apresentaram maior número de pastejos, menor intervalo de pastejo e menor período de ocupação que pastos manejados com a altura de 35 cm. Maiores valores de GMD (0,629 e 0,511kg animal-1 dia), ganho de peso por unidade de área (GP) (886 e 674 kg ha-1) e de taxa de lotação (3,13 e 2,85 UA ha-1) foram registrados nos pastos manejados com a altura pré-pastejo de 25 relativamente àquela de 35 cm, respectivamente. Por outro lado, pastos manejados com a altura pré-pastejo de 35 cm apresentaram maiores valores de massa de forragem pré (6.680 e 4.800 kg ha- 1 de MS de vivo) e pós-pastejo (4.010 e 3.320 kg ha-1 de MS de vivo) e de perdas por pastejo (24,1 e 20,3% da massa de forragem pré-pastejo) que pastos manejados com a altura de 25 cm, respectivamente. A aplicação de 200 kg ha-1 de N resultou em aumentos na porcentagem de folhas na massa de forragem póspastejo (11,9 para 15,6%), na taxa de acúmulo de forragem (29,1 para 51,9 kg ha- 1 dia-1), na taxa de lotação (2,55 para 3,44 UA ha-1), conseqüentemente, no GP (697 e 863 kg ha-1) relativamente à aplicação de 50 kg ha-1. Somente variações em estratégia de manejo do pastejo resultaram em um aumento de 31% no GP, valor maior que os 24% resultantes da aplicação de N, realçando a importância de manejo do pastejo adequado como forma de aumentar desempenho animal e produtividade do sistema. Este correspondeu às metas de pastejo rotativo caracterizadas pela altura pré-pastejo de 25 cm e de pós-pastejo de 15 cm. Nesse contexto, o uso de fertilizantes nitrogenados, irrigação e de suplementos deveriam ser considerados em experimentos futuros desta natureza como uma forma de aumentar a produção e a produtividade animal.