Definição e sistematização de um método de análise do alcance de pedestres nas áreas de influência das estações de metrô e trem no município de São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Okamoto, Carollina Hitomi de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-07022024-114436/
Resumo: O processo de urbanização apresenta desafios para promover a mobilidade urbana sustentável, incluindo a priorização dos modos de transporte público e não motorizados, o que se torna ainda mais relevante ao considerar o Desenvolvimento Orientado ao Transporte (DOT). Nesse contexto, a mobilidade a pé desempenha um papel fundamental e compreender o alcance de pedestres em relação às estações de transporte público é essencial para elaborar políticas urbanas sustentáveis. O objetivo da pesquisa foi definir e sistematizar um método de análise do alcance de pedestres em áreas de influência de estações de metrô e trem e aplicá-lo em áreas selecionadas no município de São Paulo. O método de pesquisa incluiu uma revisão bibliográfica que identificou os fatores que afetam esse alcance, como uso misto do solo, condições das calçadas, densidade populacional, topografia e priorização da circulação de pedestres, assim como abordagens dedicadas ao estudo e sistematização da mobilidade a pé. Dessa abordagem teórica inicial resultou o método proposto, que consiste em oito etapas sequenciais, iniciado com a aplicação de questionários e seguido por um conjunto de levantamentos e análises numéricas e espaciais. Essas análises incluem isócronas baseadas em tempo de caminhada, comparações com os resultados da Pesquisa Origem e Destino e contagens no local, refinando, posteriormente, os polígonos de alcance de pedestres com base em sintaxe espacial, densidade populacional, condições das calçadas, uso do solo, inclinação, velocidade máxima das vias e disponibilidade de transporte público. Esse método foi aplicado em cinco áreas de estudo de caso do município de São Paulo - Brás, Vila Mariana, Tucuruvi, Butantã e Lapa -, e os resultados foram comparados com as zonas de adensamento urbano definidas pelo Plano Diretor Estratégico de 2014 e sua revisão intermediária de 2023. Os resultados mostraram que os diferentes procedimentos utilizados na definição do alcance de pedestres se complementam, refletindo a circulação de pedestres nas áreas estudadas. Barreiras físicas, como rios e ferrovias, e declivid Eades acentuadas influenciam diretamente no alcance, assim como a proximidade entre estações. Os questionários aplicados revelaram que as pessoas estão dispostas a caminhar distâncias maiores até as estações de transporte público, associadas à duração entre 10 e 15 minutos. Ao comparar os polígonos de alcance definidos pelo método proposto com as áreas de adensamento definidas pelo Plano Diretor de São Paulo de 2014 e sua revisão em 2023, constatou-se que a utilização de um raio simples para essa definição não reflete com precisão o alcance de pedestres. Ademais, em uma estratégia DOT, são fundamentais medidas de melhoria dos fatores que impactam no alcance de pedestres, para garantir o acesso às estações de metrô e trem e suportar a mobilidade a pé nessas áreas. Apesar das limitações da pesquisa, o estudo contribuiu ao questionar as abordagens e os critérios definidores do alcance de pedestres, propor um método para sua análise e identificar os fatores mais relevantes do alcance nos estudos de caso. Sugere-se que trabalhos futuros abordem o alcance no contexto de terminais e corredores de ônibus, automatizem processos e expandam a análise para outras cidades.