Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Justo, Mario Augusto Cardoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-08032016-141651/
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Resumo: |
A presente pesquisa trata sobre alguns dos principais legados e heranças que o regime militar de 1964-1985 trouxe ao Brasil. Num primeiro momento abordou-se a formação sócio-política da América Latina, se restringindo mais especificamente à América do Sul, chegando-se ao período que genericamente conhecemos por populismo. E, na sequência, um panorama histórico dos regimes militares que permearam a vida política de várias nações sul-americanas, como Peru, Chile e Argentina, a partir da década de 1960. A análise torna-se centrada no Brasil, a partir da exposição da participação dos militares na política nacional, desde a proclamação da República, em 1889, passando-se pela República Velha, a Era Vargas (1930-1945) e pelo período democrático, iniciado em 1946, até a renúncia de Jânio Quadros, em 1961. Ao chegar-se no período de João Goulart (1961-1964), a análise se torna mais detalhada por aquele ter sido o governo derrubado pelo golpe de 1964. Segue-se um panorama histórico bastante abrangente dos cinco presidentes-generais que governaram o Brasil entre 1964 a 1985: Castelo Branco; Costa e Silva; Médici; Ernesto Geisel; e João Figueiredo. Naquele momento, o trabalho se detém num exame mais acurado do milagre econômico; dos anos de chumbo; da distensão ou abertura; e da transição democrática, com o movimento das Diretas-Já e o Colégio Eleitoral que elegeu Tancredo Neves, presidente da República, em 1985. Após esta longa retomada histórica, são abordados os legados e as heranças do regime militar ao espaço geográfico-territorial brasileiro tomando-se como fio norteador o conceito e o processo de modernização conservadora/centralizadora. Este processo é analisado desde as suas raízes, na Revolução de 1930 e início da Era Vargas, destacando-se o Estado Novo varguista (1937-1945), prosseguindo-se pelo período democrático pós-1946, tratando-se, em especial, do outro governo de Getúlio Vargas (1951-1954) e o de Juscelino Kubitschek (1956-1960). E chega-se ao regime militar iniciado em 1964. O foco desta parte do trabalho são as políticas territoriais adotadas e implementadas pelo governo federal ao longo dessas diferentes fases político-institucionais do Brasil e que afetaram o território nacional trazendo reflexos até hoje, bem como a implantação, estruturação e a consolidação de redes por parte dos governos militares pós- 1964 como a de transportes, a urbana, a de telecomunicações, a elétrica, etc., procurando-se salientar que essa modernização autoritária, imposta pelo governo central brasileiro, apresentou notória continuidade apesar das mudanças político-institucionais que o Brasil experimentou naquelas décadas, fazendo-se então um balanço dos legados e das heranças que esse modelo modernizante, reforçado sobremaneira pelo regime militar, trouxe ao espaço geográfico e território brasileiro, em nome da unificação e da integração nacionais. Finalmente, este trabalho faz uma breve retomada histórica da Geografia Política e da Geopolítica,desde o século XIX até ao século XX, posteriormente adentrando-se no pensamento geopolítico brasileiro, desde a década de 1930 até a visão triunfalista do Brasil-Potência dos anos 1970, com especial destaque ao pensamento de Golbery do Couto e Silva. E depois, as críticas à esta visão triunfalista e ao pensamento geopolítico no Brasil, com a necessidade de se repensar a Geografia Política em nosso país. |