Os posseiros e a luta pela terra na região do Bico do Papagaio 1964-1985: modernização e tradição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira, Gerson Alves de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/88747
Resumo: A atual conjuntura política brasileira parece oferecer uma realidade democrática pouco vista antes no país. No entanto, olhando mais atentamente, percebe-se um descompasso entre a realidade política institucional e nossa história. Pode-se afirmar que não houve uma consolidação concreta do ponto de vista histórico-sociológico que fosse possível um maior reconhecimento das lutas e resistências dos movimentos sociais e de seu modo de vida como elemento capaz de contribuir para a construção de uma sociedade realmente democrática e cidadã. Neste caso, esta pesquisa visa compreender a luta pela terra na região do Bico do Papagaio – extremo norte do Estado do Tocantins. Tem-se como preocupação, levantar pistas sobre as particularidades dos posseiros no que diz respeito aos conflitos agrários no contexto da repressão política do período militar (1964-1985). Pretende-se discutir como se deu a resistência de um grupo marginalizado tanto no âmbito político-ideológico quanto econômico quando se observa o processo de implementação dos projetos desenvolvimentista para a região. Isto é, pretende-se compreender como os posseiros e posseiras atuaram dentro do processo de modernização e conservaram traços de uma tradição expressada numa sociabilidade, na qual a terra é vista como território, algo que atua como elemento aglutinador na construção da luta/resistência. Deste modo, a hipótese é compreender as ações dos posseiros e como tais ações se desenrolaram no interior de uma tradição específica, uma vez que em uma situação de resistência se exacerba a relevância da cultura enquanto afirmação de uma identidade. Nesta perspectiva, a base da pesquisa será a história oral enquanto método que vai ao encontro dos interesses de uma comunidade, o que permitirá, em parte, demonstrar...