Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Natália Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-23092024-111232/
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Resumo: |
O arroz, presente na dieta diária da maioria dos brasileiros, confere nutrientes e energia. No Brasil, há o cultivo convencional, com insumos agrícolas como agrotóxicos e fertilizantes, que eventualmente podem ser nocivos à saúde humana e ao ecossistema; e o cultivo orgânico, que utiliza novas técnicas de plantio visando reduzir aos efeitos negativos do sistema convencional. O grão de arroz, um meio nutritivo, quando submetido a práticas inadequadas do plantio ao armazenamento, pode ser susceptível à contaminação por fungos capazes de produzir micotoxinas, como as aflatoxinas. Na legislação brasileira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) são responsáveis por estabelecer os limites máximos tolerados para a presença de aflatoxinas em alimentos de forma geral, como também especificamente para cereais como o arroz, sem diferenciar o tipo de plantio. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de aflatoxinas em 60 amostras de arroz orgânico coletadas em diversas regiões do Brasil. As amostras foram analisadas para a presença das aflatoxinas B1, B2, G1 e G2, utilizando-se coluna de imunoafinidade (CIA) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Os resultados demonstraram que, das 60 amostras analisadas, 5 amostras de arroz integral apresentaram níveis de 0,13 a 1,24 µg/Kg para a soma das aflatoxinas B1, B2 e G1 e G2, enquanto que uma amostra de arroz polido e uma de arroz vermelho apresentaram níveis de 0,11 µg/Kg e 0,16 µg/Kg para as aflatoxinas B1 e G2, respectivamente. Para a avaliação de risco quanto ao arroz contaminado consumido pelos brasileiros, a ingestão diária provável média (IDPM) apresentou um valor de 0,004 µg aflatoxina/Kg corpóreo ao dia; enquanto que a margem de exposição (MoE) foi de 60, sendo considerada de alta preocupação para a saúde pública; e a estimativa do índice de risco (HI) para a aflatoxina B1 foi de 0,41, abaixo do recomendado de HI<1, apresentando baixo risco para desenvolvimento de câncer no fígado. As concentrações de aflatoxinas obtidas neste estudo não ultrapassaram o limite máximo tolerável recomendado pelo MAPA de 50 µg/Kg e pela ANVISA de 5 µg/Kg de arroz, sem distinção ao método de plantio. Entretanto, pesquisas com esse tipo de produto ainda são escassas, logo, estudos adicionais são necessários a fim de obter uma base de dados ampla para a ocorrência de aflatoxinas em arroz provindo do sistema de plantio orgânico e, assim, determinar de fato se há a necessidade de uma legislação específica. |