Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Demasi, Rita de Cássia Benevides |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-15032010-123909/
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Resumo: |
Os estudos de caracterização acústica das vogais nasais são vastoa. Porém, há poucos estudos sobre a ditongação nasal. Este é um fenômeno que emerge da costelacao articulatória dos gestos. Isso pode ser notado a partir dos parâmetros acústicoaerodinâmicos. O objetivo desta é analisar o resultado da configuração gestual entre o movimento da língua e o gesto de abertura e fechamento do véu palatino, durante a produção dos ditongos nasais do Português Brasileiro. Mostraremos os efeitos da coarticulação no output sonoro e como ela se configura, a partir da gravação de dados acústicos e aerodinâmicos. O material foi gravado com o aparelho EVA Portátil 2. Esse permitiu que o output acústico e os dados aerodinâmicos fossem gravados concomitantes. O corpus do experimento é composto por vinte ditongos divididos em orais e nasais (dez posteriores e dez anteriores) todos dicionarizados: [p@w, s@w, m@w, k@w, t@w,p@)w), s@)w), m@)w), k@)w), t@)w), dej, sej, frej, hej, lej, te)j ), se)j ,) be)j ), a.mej), a.le)j\\) . As palavras foram inseridas na frase-veículo: Digo _____ cada dia. Essa foi repetida três vezes por seis informantes (três homens e três mulheres) falantes do dialeto Paulistano ( ). Para o controle de população foi utilizada outra frase-veículo: Digo ____ todo dia, essa foi repetida por 1.3 dos sujeitos, um de cada grupo ( ). Na inspeção visual utilizou-se o software Signal Explorer e Phonédit. Os parâmetros aerodinâmicos analisados foram: a configuração do fluxo de ar oral e nasal; a taxa máxima de nasalização e a duração do fluxo de ar nasal. Os parâmetros acústicos foram: a movimentação dos formantes; a extração de F0, F1, F2 e F3 de todos os segmentos e a duração do ditongo nasal: a vogal, o glide e o apêndice nasal. A Média, o Desvio Padrão e o teste ANOVA foram feitos no Excel. Os gráficos de dispersão dos formantes foram feito no Formant Explorer. Assim, notou-se uma variação nos valores da taxa de nasalização, p > 0,5, entre a variante sexo. Nas mulheres as frequências dos formantes são mais elevadas e a dispersão dos valores do glide nasal é mais evidenciada do que nos homens. As alterações remetem as diferenças fisiológicas entre os grupos. A taxa máxima de ar nasal variou significativamente, p > 0,5, se comparado os ditongos nasais: anteriores > posteriores. Acusticamente, a transição dos formantes é dependente do contexto silábico. O mesmo não acontece com o traçado do fluxo de ar nasal, que mantém o padrão de contorno, independente da articulação silábica. Concluí-se que há um padrão aerodinâmico relativo à sincronia do movimento do véu e da língua, gerando três fases acústicas distintas: vogal nasal, glide nasal e apêndice nasal. O contorno da trajetória padrão do fluxo de ar nasal, em 87% dos casos, apresentou três fases distintas: a primeira plana; a segunda, um pico acentuado; e a terceira, uma queda abrupta. Assim, concluímos que os ditongos nasais têm uma dinâmica articulatória, acústica e aerodinâmica diferente dos não-nasalizados e que a adequação do controle das variáveis do sistema fonético-fonológico e do o conjunto de articulações, que geram uma única percepção. |