Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Lorenzato, Luciana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-30052012-154307/
|
Resumo: |
A obesidade infantil vem aumentando progressivamente e está associada a várias complicações na infância e na idade adulta. Apresenta etiologia multifatorial, sendo o resultado de complexas interações entre fatores genéticos, dietéticos e ambientais. O presente estudo investiga um dos fatores ambientais, a influência familiar, e utiliza um novo instrumento para especificar como o comportamento dos pais influencia o excesso de peso de seus filhos durante a infância. O Questionário de Alimentação da Criança (QAC) avalia as crenças, atitudes e práticas dos pais em relação à alimentação de seus filhos e a relação destes componentes com a tendência ao desenvolvimento obesidade infantil. A versão original deste instrumento apresenta 31 questões e avalia 07 fatores: Percepção de responsabilidade, Percepção do peso dos pais, Percepção do peso da criança, Preocupação com o peso da criança, Restrição, Pressão para comer e Monitoramento. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar as atitudes, crenças e práticas das mães em relação à alimentação e propensão à obesidade em crianças que são atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) da cidade de Ribeirão Preto - SP. Os participantes foram 300 pais e filhos, sendo 150 mães e 150 crianças, aleatoriamente selecionadas, com idade entre 2 a 11 anos e de ambos os sexos. O QAC foi aplicado às mães e a avaliação antropométrica foi realizada através da aferição de peso corporal e estatura das mães e filhos, de acordo com as instruções recomendadas pelo Ministério da Saúde. Realizou-se a descrição dos dados por meio de frequências e percentuais e o teste de correlação de Kendall entre as variáveis em estudo. Os níveis de significância estatísticaestabelecido foi p<0,05. A avaliação do estado nutricional foi realizada através do IMC, segundo os critérios de classificação recomendados pela OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS).Os resultados mostraram que parte das crianças e das mães apresentou excesso de peso. Em relação ao QAC, no fator Percepção de responsabilidade as mães consideram-se, na maior parte do tempo, responsáveis pela alimentação dos filhos. Para o fator Percepção do peso dos pais e percepção do peso da criança, estas relatam peso normal desde a infância até atualmente. Para o fator Preocupação com o peso da criança as mães consideram-se preocupadas. Para o fator Restrição, as mães concordam com a prática de restringir que sua criança coma determinados alimentos. No fator Pressão para comer, as mães concordam em relação à pressão para que sua criança coma determinada quantidade ou tipo de alimento. No fator Monitoramento, as mães relatam que sempre devem monitorar o que sua criança come. Além disso, verificou-se correlação positiva entre as variáveis IMC dos filhos e dos pais; IMC dos filhos e os fatores Percepção de responsabilidade, Percepção do peso da criança, Preocupação com o peso da criança, Restrição e Monitoramento; e negativa entre IMC dos filhos e Pressão para comer. Desta forma, é possível sugerir que as crenças, atitudes e práticas dos pais durante a alimentação dos filhos estão associadas com o excesso de peso na infância. |