Estudos in vitro com estirpe brasileira de Megalocytivirus e Lymphocystivirus: isolamento e caracterização fenogenotípica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Maganha, Samara Rita de Lucca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-02022023-120346/
Resumo: O gênero Megalocytivirus está associado a ocorrência de surtos com altas taxas de mortalidade em peixes ao redor do mundo, causando graves perdas econômicas na produção aquícola mundial e limitando a maior expansão do setor. Já o gênero Lymphocystivirus, embora não esteja associado a altas taxas de mortalidade, causa gaves perdas econômicas para a aquicultura mundial ao prejudicar a aparência do animal, alterando assim o seu valor comercial. Desse modo, o presente estudo objetivou o isolamento e a caracterização fenogenotípica das estirpes brasileiras de Megalocytivirus e Lymphocystivirus. Para tanto, pools de tecidos de peixes ornamentais sabidamente positivos para os dois vírus foram inoculados em células BF-2, posteriormente foi realizada a reconstrução filogenética para ambos os isolados com base em um fragmento do gene MCP, caracterização viral através da realização dos testes de sensibilidade a solvente lipídico, pH, temperatura e descongelamento bem como a construção da curva de replicação viral e para Megalocytivirus incluiu-se a caracterização morfológica por microscopia eletrônica de transmissão. Os resultados indicaram que a estirpe brasileira de Megalocytivirus apresenta uma população de vírions majoritariamente envelopados, é sensível a temperatura de 56°C e aos valores de pHs de 2,0 e 10,0. A técnica de microscopia eletrônica de transmissão revelou a presença de partículas hexagonais no citoplasma celular compatíveis com o formato icosaédrico de Megalocytivirus. O isolado brasileiro de Megalocytivirus agrupou-se com outros isolados descritos como pertencentes ao genótipo I. Os resultados para a estirpe brasileira de Lymphocystivirus revelaram uma população de vírions majoritariamente envelopados, sensível a temperatura de 56°C, aos valores de pHs de 2,0 e 12,0, sendo susceptível a alterações no título viral quando descongelado por sucessivas vezes. O isolado brasileiro de Lymphocystivirus agrupou-se com outros isolados descritos como pertencentes ao genótipo V. A curva de replicação viral para os isolados demonstrou que o aumento no título viral acompanha a progressão do efeito citopático, alcançando o maior valor de TCID50.ml-1 para Megalocytivirus no quarto dia pós inoculação e, para Lymphocystivirus, no quinto dia pós inoculação. Os resultados obtidos fornecem subsídios importantes para estudos posteriores nas áreas de controle e prevenção das infecções causadas por vírus desses grupos.