Detecção e caracterização moleculares de vírus das famílias Alloherpesviridae e Iridoviridae em espécies de peixes ornamentais do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Maganha, Samara Rita de Lucca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-01112016-162605/
Resumo: As doenças virais de peixes causadas por vírus das famílias Iridoviridae e Alloherpesviridae estão distribuídas mundialmente e representam uma ameaça real a expansão do sistema aquícola mundial. Desse modo, tornam-se necessários o aprimoramento e aplicação das técnicas de diagnóstico existentes a fim de se controlar ou impedir o avanço dessas viroses entre países. Vírus do gênero Megalocytivirus (MV) e o Cyprinid herpesvirus (CyHV), tipos 1, 2 e 3, induzem enfermidades em peixes com elevada taxa de mortalidade. Já vírus do gênero Lymphocystivirus (LCDV), apesar da menor patogenicidade, causam graves perdas econômicas ao reduzirem o valor comercial dos animais infectados. Devido à escassez de dados disponíveis sobre a circulação desses vírus no Brasil, o presente estudo objetivou a prospecção, incluindo a detecção e caracterização por meio da utilização de técnicas moleculares, de MV, LCDV, CyHV-1, CyHV-2 e CyHV-3 em peixes ornamentais oriundos do município de São Paulo, bem como em espécies de peixes de vida livre e comerciais provenientes de 4 estados brasileiros. Para tanto, foram coletadas e caracterizadas amostras de 306 peixes de 47 espécies diferentes, sendo que todas foram processadas para CyHV-3 e 81 foram submetidas ao diagnóstico para os demais vírus, obtendo-se uma positividade de 47% para MV, 1,2% para LCDV e 2% para CyHV-3. Todas as amostras positivas eram oriundas de peixes ornamentais do município de São Paulo. A sequência nucleotídica de LCDV obtida agrupou-se filogeneticamente em clado do genótipo VII, com similaridade de 44,8-91,1% para com outras sequências homólogas. As sequências de MV agruparam-se em clado com outras sequências de origem asiática, exibindo similaridade de 47,2-99,2% para com outras sequências. Para CyHV-3, a similaridade entre as sequências obtidas e para com outras homólogas foi igual ou superior a 97,4%, agruparando-se em 2 clados distintos. Análises evolutivas indicaram seleção negativa fraca ou relaxada para todas as sequências dos 3 grupos virais estudados. Nesse sentido, destaca-se o ineditismo dos resultados obtidos para a melhor compreensão da epidemiologia molecular desses vírus no Brasil.