Uso de ferramentas por araras azuis (Anodorhynchus hyacinthinus) e identificação de causa-e-efeito por alguns psitacídeos neotropicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Borsari, Andressa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-10052011-145201/
Resumo: A habilidade para produzir e usar ferramentas é um marco na evolução humana, mas outros animais também o fazem. Na maioria das vezes esse comportamento é atribuído a uma predisposição genética e não a evidências de que entendam as relações de causa e efeito envolvidas. Observamos araras azuis (Anodorhynchus hyacinthynus) durante a manipulação e quebra de cocos (Attalea dubia, em cativeiro e Acrocomia totai, na natureza), encontrando evidências a uma tendência inata ao uso de ferramentas. Diferenças de técnica e proficiência entre jovens e adultos sugerem que o aperfeiçoamento exige aprendizagem. Os cocos são selecionados e descartados com algum critério pelas aves adultas. Aves selvagens usam apenas uma ferramenta, momentos antes da ruptura da cápsula, sugerindo que reduza o impacto. Aparentemente as ferramentas não diminuem o tempo de quebra, mas reduzem o número de cocos descartados. Todas as ferramentas materiais foram usadas do mesmo modo e apenas para a quebra de cocos, não havendo correlação entre o material, ordem e tempo de uso. O teste do String Pulling revelou que as araras azuis e outras espécies de psitacídeos são capazes de identificar relações de causa-e-efeito entre objetos relevantes para a resolução de problemas