Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1972 |
Autor(a) principal: |
Prospero, Attilio Orestes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143202/
|
Resumo: |
Com a finalidade de estudar alguns aspectos do valor nutritivo do capim elefante (Pennisetum purpureum, Schum.) variedade Napier, procurou-se no presente trabalho, levado a efeito no Departamento de Zootecnia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz Piracicaba, determinar os principais constituintes quimico-bromatologicos (matéria seca, proteína bruta, fibra bruta, cinza bruta e celulose), e 6 macronutrientes minerais (nitrogênio, fósforo, cálcio, enxofre, potássio e magnésio), assim como estimar a digestibilidade in vitro da matéria seca e da celulose, Para tanto, procedeu-se a um delineamento experimental de blocos inteiramente casualizados, com 3 repetições, 10 tratamentos e parcelas de 15 m2 O 1º corte foi realizado aos 45 dias do plantio, e os demais a cada 30 dias, sucessivamente, isto é, aos 75, 105, 135, 165, 195, 225, 255, 285 e 315 dias, em relação à brota inicial. As amostras, coletadas em datas pré-estabelecidas e no mesmo horário (15 horas), constituíram-se de 12 colmos, de tamanhos distintos, isto é, 4 pequenos, 4 médios e 4 grandes, em relação ao desenvolvimento da gramínea. Os principais constituintes quimico-brornatológicos matéria seca, proteína bruta, fibra bruta e cinza bruta - foram determinados pelos métodos descritos pela A.O.A.e. (1965), e a celulose pelo processo descrito por CRAMPTON e MAYNARD (1938). Dos macronutrientes minerais estudados, o calcio, o potássio e o magnésio foram determinados por espectrofotometria de absorção atômica, o fósforo pelo processo do vanadio-molibdato de amônia, por digestão nítrico-perclórica, e o enxofre pelo método gravimétrico do bário. A digestibilidade in vitro da matéria seca e da celulose foi determinada pelo método descrito por JOHNSON et alii (1958), utilizando-se fluido ruminal retirado de um carneiro adulto, castrado, através de fistula permanente, e em regime de feno de alfafa. Nas condições em que este trabalho foi realizado, e tendo-se em conta os resultados obtidos, podem ser estabelecidas as seguintes conclusões: 1) Evidenciou-se a influência da maturidade do capim Napier (Pennisetum purpureum, Schum.) sobre os principais constituintes quimico-bromatologicos, fato este já estabelecido para outras gramíneas. Assim, considerando o 1º e o 10º cortes, num período de 270 dias, os teores de matéria seca passaram de 17,05% para 36,39% os teores de proteína bruta na M.S. de 14,95% para 2,04%, os teores de fibra bruta de 23,52% para 38,40%, os teores de cinza bruta de 15,79% para 7,10%, e os teores de celulose de 25,59% para 37,19)%. 2) Os maiores teores de matéria seca foram alcançados a partir do 2º corte, época em que o capim Napier encontrava-se com altura normalmente preconizada para utilização. 3) A partir do 2º corte, aos 75 dias, os teores de proteína bruta (N x 6,25) não mais se encontraram dentro dos limites indicados para atender as exigências nutricionais mínimas dos bovinos em pastoreio. 4) Os maiores teores de fibra bruta foram alcançados à partir da época de florescimento da gramínea (março-abril), além da qual torna-se menos recomendada para o consumo animal, por influir negativamente sobre a digestibilidade da mesma. 5) Os teores de nitrogênio, fosforo, enxofre e potássio, confirmando trabalhos anteriores referentes ao assunto, declinaram com o estádio de maturidade da forrageira. 6) Os teores de magnésio, confirmando observações anteriores, mostraram tendência a se elevar com o avançar da idade da forrageira, fato este nem sempre esperado, já que o elemento é muito translocável na planta. 7) Os maiores teores de cálcio foram estabelecidos nos períodos correspondentes a estação seca do ano, ocasião em que a planta apresentava avançado estado de maturidade, o que confirma observações anteriores de ser o macronutriente encontrado em maiores proporções nas folhas e partes mais velhas da forrageira. 8) Os teores mais baixos de fósforo foram encontrados à partir da época seca do ano, o que também está concorde com trabalhos anteriores sobre a ocorrência de carência estacional daquele macronutriente, durante o inverno. 9) Os teores de cálcio, enxofre, potássio e magnésio estabelecidos no período experimental do capim Napier, aparentemente apresentaram-se em condições de atender às exigências nutricionais mínimas dos bovinos em pastoreio. 10) Os teores de fósforo encontrados até o 3o corte, pareceram indicar que a forrageira se encontrava em condições de satisfazer as exigências mínimas para o atendimento animal. 11) Os macronutrientes que se apresentaram com os maiores teores foram, em ordem decrescente, o potássio, o nitrogênio, o cálcio, o magnésio, o fósforo e o enxofre. 12) Os teores de matéria seca, fibra bruta e celulose apresentaram correlações significativas e negativas com os teores de nitrogênio, fósforo, enxofre e potássio, e correlações positivas com os teores de magnésio, 13) Os teores de proteína bruta e cinza bruta apresentaram correlações significativas e positivas com os teores de nitrogênio, fósforo, enxofre e potássio, sendo que apenas os teores de cinza bruta correlacionaram-se de forma significativa e negativa com os de magnésio. 14) Constatou-se efeito negativo da maturidade sobre a digestibilidade do capim Napier, Assim, os coeficientes de digestibilidade in vitro da matéria seca passaram de 71,84%, no 1º corte com 45 dias, para 43,69% no 10º corte com 315 dias, com um decréscimo da ordem de 39,02%, e os coeficientes de digestibilidade in vitro da celulose passaram de 78,10% para 35,47%, no mesmo período de tempo, com um decréscimo da ordem de 54,59%. 15) Estabeleceram-se correlações significativas, negativas e elevadas entre os coeficientes de digestibilidade in vitro da matéria seca e os teores da matéria seca (r= -0,91), celulose (r= -0,88) e fibra bruta (r= -0,93), e correlações significativas com os teores de proteína bruta (r= -0,88) e de cinza bruta (r= 0,89). 16) Estabeleceram-se correlações significativas, negativas e elevadas entre os coeficientes de digestibilidade in vitro" da celulose e os teores de matéria seca (r= -0,93), celulose (r= -0,85) e fibra bruta (r= -0,91), e correlações significativas com os teores de proteína bruta (r= 0,88) e àe cinza bruta (r= 0,88). 17) Estabeleceu-se correlação significativa, positiva e elevada entre os coeficientes de digestibilidade in vitro da matéria seca e os de digestibilidade in vitro da celulose (r= 0,99). 18) Verificaram-se correlações significativas entre os coeficientes de digestibilidade in vitro da matéria seca e os teores de nitrogênio, fosforo, enxofre e potássio ( r= 0,88, r= 0,66, r= 0,66 e r= 0,90, respectivamente), e correlações significativas e negativas com os teores de magnésio (r= -0,43). 19) Verificaram-se correlações significativas entre os coeficientes de digestibilidade "in vitro" da celulose e os teores de nitrogênio, fosforo, enxofre e potássio ( r= 0,88, r= 0,68, r= 0,68 e r= 0,89, respectivamente), e correlações significativas e negativas com os teores de magnésio (r= -0,41). |