Caminhos da urbanização: rede urbana da província de Alagoas no século XIX, Maceió e vale do rio Mundaú.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Rodrigues, Rosemary Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-21082024-145309/
Resumo: Esta pesquisa está inserida na área do conhecimento da história da urbanização brasileira. Estuda o processo de urbanização da província de Alagoas no século XIX, na porção do território que abrange de Maceió à antiga vila da Imperatriz (atual município União dos Palmares), situada no vale do rio Mundaú. Discute a consolidação da rede urbana existente entre a capital e a região das matas a partir da incorporação das transformações materiais difundidas nos oitocentos, com enfoque na implantação do primeiro trecho da Alagoas Railway, ferrovia inaugurada em 1884, que comunicou o porto de Jaraguá ao centro da província. Defende a hipótese de que a circulação de novos agentes e a atuação de grupos sociais locais, associadas à mecanização do território, aceleraram e consolidaram a urbanização no interior, fortalecendo as antigas redes urbanas e induzindo a criação de novas, bem como reforçaram a centralização e a hierarquia de Maceió em Alagoas. De abordagem metodológica qualitativa, baseada em pesquisa bibliográfica, com a contribuição de autores de diversas áreas do conhecimento, e em uma exaustiva pesquisa documental realizada em acervos do Brasil e do exterior. Está fundamentada nos preceitos para o estudo da urbanização apresentados por Reis Filho (1968), também desenvolvidos por Lepetit (2001), que consideram as diversas escalas espaciais e temporais do objeto de pesquisa, privilegiando a atuação dos agentes nos processos de construção do território, entendido como produto social. Seu ineditismo reside na escolha do objeto e no recorte geográfico, ao trazer novas interpretações e perspectivas sobre o processo de urbanização de Alagoas no século XIX, considerando as relações entre litoral e interior, e as peculiaridades históricas de suas ocupações territoriais. Apresenta como contribuições a exploração e publicização de fontes documentais que ainda não tinham sido manipuladas e o conhecimento público de agentes responsáveis pela produção do território alagoano.