Avaliação de método não invasivo para monitorização da pressão intracraniana em crianças e adolescentes portadores de hidrocefalia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ballestero, Matheus Fernando Manzolli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-29032017-101744/
Resumo: A hidrocefalia ainda é um desafio no que diz respeito ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento na população pediátrica. O tratamento, por meio das derivações ventriculares ou ventriculostomias endoscópicas, está bem estabelecido. Contudo, o diagnóstico de mau funcionamento das derivações, associado à hipertensão intracraniana, permanece um problema, especialmente em crianças menores e com fontanelas não patentes. Os exames radiológicos, tais como: ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética, possibilitam apenas o acesso indireto à pressão intracraniana, enquanto os métodos para sua avaliação direta podem apresentar riscos e raramente são utilizados em crianças. O objetivo deste estudo foi avaliar um dispositivo não invasivo para acessar alguns parâmetros da curva de pressão intracraniana em crianças portadoras de hidrocefalia. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo-analítico, não experimental, prospectivo. A amostra foi composta por indivíduos menores de 18 anos, incluindo 28 pacientes portadores de hidrocefalia e 28 crianças em seguimento rotina de puericultura (grupo controle). Os participantes foram divididos em quatro grupos: grupo A: hidrocefalia compensada clinicamente; grupo B: pacientes com hidrocefalia, sem sinais clínicos sugestivos de hipertensão intracraniana e já submetidos à cirurgia para tratamento da hidrocefalia; grupo C: pacientes com hidrocefalia aguda e hipertensão intracraniana; grupo D: crianças sem qualquer doença neurológica (controle). Os dados foram coletados entre 2014 e 2016, por meio da instalação de um sensor extracraniano de deformação, acoplado sobre o couro cabeludo, com registro da curva de pressão intracraniana não invasiva. A análise dos dados foi realizada com software Freemat® 4, Origin Pro® 8 e R® 3.1.3. Foram analisados parâmetros obtidos na curva de pressão intracraniana como \"relação P2/P1\", \"classificação de P1 e P2\" (P1>P2 ou P2>P1) e \"inclinação de P1\". Os resultados apontaram, que na amostra estudada, o índice P2>P1 apresentou sensibilidade de 80% e especificidade de 100%, a \"classificação de P1 e P2\" sensibilidade de 100% e especificidade de 80% para predição de hipertensão intracraniana em hidrocefalia, sendo que a \"inclinação de P1\" não apresentou relação estatística. Conclui-se que, apesar de limitações operacionais, o método de monitorização não invasiva da pressão intracraniana se mostrou útil na detecção de hipertensão intracraniana e apresenta perspectivas de aplicação clínica futura.