Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Barbosa, Cristiane Rickli
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Orientador(a): |
Vellosa, José Carlos Rebuglio
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Banca de defesa: |
Miné, Julio Cesar
,
Folquitto, Daniela
,
Berbet, Taisa Rocha Navasconi
,
Oliveira, Thais Latansio de
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmaceuticas
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Departamento: |
Departamento de Ciências Farmacêuticas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3699
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Resumo: |
A doença renal crônica (DRC) é uma das principais causas de mortalidade e morbidade, além de um crescente problema de saúde pública. A hemodiálise é o tratamento mais utilizado, contudo, tem sido associada a frequentes intercorrências durante as sessões, onde a forma mais grave é conhecida como síndrome do desequilíbrio da diálise (SDD) que tem como contribuinte o edema cerebral e o aumento da pressão intracraniana (PIC). Estudos anteriores sugerem que a DRC em estágio terminal e a hemodiálise impactem na complacência cerebral, entretanto, a literatura em torno deste assunto é escassa. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo realizar um acompanhamento de um grupo de pacientes com DRC (estágio terminal) em hemodiálise através da monitoração da PIC não invasiva antes e ao final das sessões, buscando compreender como este parâmetro se comporta no decorrer do tratamento dialítico, correlacionando os resultados obtidos com o perfil clínico e laboratorial dos pacientes. Tratase de um estudo longitudinal prospectivo, em que foram incluídos 42 pacientes com DRC em estágio terminal em tratamento por hemodiálise três vezes por semana, acompanhados por um período de 6 meses. Também foram incluídos 20 voluntários sem doença renal crônica conhecida, para compor o grupo controle. Foram obtidos dados clínicos e laboratoriais via prontuário médico eletrônico e fichas das sessões de diálise, além de monitorada a PIC de forma não invasiva pelo método Brain4care® antes e ao final das sessões de diálise. Os dados foram tratados através do programa estatístico SPSS 17.0® . Dentro do período de acompanhamento mencionado obteve-se um total de 4.881 monitorações de PIC. Observou-se uma redução dos parâmetros de PIC, time to peak (TTP) e Relação P2/P, pós-diálise, considerando os diferentes momentos (1ª, 2ª e 3ª sessão de diálise) e os diferentes meses de acompanhamento (p<0,01, teste t de student pareado). A complacência cerebral mostrou-se mais alterada na 1ª sessão de hemodiálise da semana (p<0,05, ANOVA para medidas repetidas). A hemodiálise foi capaz de melhorar a complacência cerebral dos voluntários independente do gênero e dos valores de Kt/V. Não foi observada correlação significativa entre pressão arterial média, frequência cardíaca e ganho de peso interdialítico e parâmetros TTP e relação P2/P1 (p>0,05, correlação de Person). Houve uma correlação positiva significativa entre os níveis séricos de potássio e os parâmetros TTP e relação P2/P1 (p<0,05, correlação de Person) e percebeu-se que a relação P2/P1 dos pacientes com DRC em hemodiálise é significativamente maior em comparação com o grupo controle. Conclui-se, a partir dos resultados apresentados que pacientes em hemodiálise apresentam uma pior complacência cerebral, comparando-os com indivíduos sem DRC conhecida; que há diferenças entre a PIC pré-diálise e pós-diálise, com valores mais alterados antes do tratamento hemodialítico; que o padrão de alterações se mantém ao longo dos meses e que uma pior complacência cerebral é observada na primeira sessão da semana. |