O uso do território paulistano pelo Hip Hop

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Gomes, Carin Carrer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-01062012-154048/
Resumo: O presente trabalho tem o intuito de dissertar sobre as desigualdades territoriais paulistanas e as resistências nos lugares a partir dessa condição. Entre paisagens de abundância e escassez, encontramos usos pelo Hip Hop que revelam a atual formação corporativa e fragmentada de São Paulo, cidade informacional. Entre os usos informacionais e corporativos de São Paulo e suas fragmentações engendra-se, desde a década de 80, o Movimento Hip Hop, o qual traz à tona novos usos dos objetos e ações que configuram São Paulo. Ao mesmo tempo em que a formação de São Paulo foi lugar para a modernização de projetos hegemônicos, os usos do território nos revelam que, no cotidiano das ações, cada local vive o encontro dessas racionalidades e, ao mesmo tempo, produz a contra-racionalidade pelas práticas da cultura. Por meio dos usos contemporâneos do território pelo movimento Hip Hop encontramos a razão dos lugares que conformam e são conformados pela prática dos Dj, Mc, Break e Grafitti. Mesmo com o acesso restrito às novas tecnologias da informação, o processo de criação em seus lugares é duplamente criativo pois, além da produção de suas atividades, cria meios à comunicação das suas práticas, sendo a comunicação territorial um importante instrumento do processo de produção e continuidade do Hip Hop. Assim, as investigações aqui apresentadas buscam compreender como um território cada vez mais preparado às ações de interesses capitalistas abriga e fortalece a prática do movimento Hip Hop. Este movimento funde relações territoriais corporativas à escassez produzida em seus locais, valorizando e veiculando a consciência dos usos do território pelo lugar e pela cultura.