Análise de indicadores clínicos e sociais de má adesão à terapia antirretroviral em pacientes vivendo com HIV/aids

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Tolvo, Fábia Junqueira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17157/tde-27012020-175127/
Resumo: O Brasil se destaca dentre os países em desenvolvimento no que diz respeito ao tratamento da infecção pelo HIV. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2018 cerca de 60% das pessoas vivendo com HIV receberam medicação antirretroviral no país. Isso é bastante significativo quando se considera que globalmente o percentual de cobertura com estas medicações situa-se em torno de 46%. A terapia ARV é essencial para o controle de replicação do vírus HIV e a consequente recuperação ou prevenção da depleção da imunidade celular. No entanto, o uso irregular destas medicações promove a seleção de variantes virais resistentes, o que leva à falência do tratamento e deterioração clínica. Dessa maneira, a promoção da adesão é uma atividade prioritária das equipes de saúde que lidam com pessoas vivendo com HIV. Neste contexto, o presente estudo se propôs a avaliar fatores relacionados à má adesão à terapia ARV entre pessoas vivendo com HIV/AIDS em um centro de referência localizado no município de Sertãozinho - SP. O estudo apresentado foi do tipo Transversal, onde uma amostra de 143 pacientes do total em seguimento pelo ambulatório foi selecionada, e mediante aplicação de questionário e análise de prontuário foi possível determinar a presença de má adesão ao tratamento ARV, a qual foi definida em 25,87%. Todos os casos incluídos passaram por uma avaliação basal para coleta de dados específicos, mediante termo de consentimento informado. A análise dos resultados deu-se pela comparação das prevalências entre dois grupos, denominados \"em má adesão\" e \"indetectável\", definidos, para fins deste estudo, a partir da quantificação da carga viral (considerou-se indetectável CV >40 cópias/ml sangue). Diante dos resultados apresentados, foi possível traçar um perfil epidemiológico dos pacientes assistidos pelo ambulatório de Sertãozinho - SP e definir quais fatores clínicos e sociais podem estar relacionados com a má adesão ao tratamento. O estudo evidenciou a prevalência de fatores socioeconômicos e frequência de uso de álcool, como preditores para má adesão, bem como a necessidade de se discutir estratégias de adesão em sentido amplo junto a rede, além de ter orientado a elaboração de propostas de melhorias na estrutura do ambulatório para a implantação de novas rotinas de atendimento, como estratégia de favorecimento à adesão dos pacientes à TARV.