Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Pires, Iana da Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-04042013-152443/
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Resumo: |
A compreensão sobre o uso da voz pelo professor no ambiente e no contexto profissional deve ser considerada em ações sobre saúde vocal. Assim, o objetivo do presente estudo foi construir e analisar um protocolo de avaliação da voz e da expressividade de professores por meio de registros audiovisuais, que contemplem os aspectos da realidade desse profissional in loco e verificar se esses aspectos se relacionam ao gênero, ao tempo de docência e à carga horária semanal dos professores. Foram realizadas filmagens de 17 docentes em situação de aula durante 15 minutos. O Protocolo foi elaborado e desenvolvido com base na literatura e a parte I foi constituída por 10 parâmetros vocais, além de quatro parâmetros relacionados à expressão vocal e à expressão corporal. O desvio do padrão optimal de cada parâmetro foi registrado por três juízes em escala analógica visual de 100 mm e houve concordância satisfatória para a maioria dos atributos analisados. Os parâmetros vocais com valores médios de desvio mais acentuados foram grau global de desvio vocal (16,86 mm), tensão (13,37 mm) e entonação (13,31 mm). Dentre os parâmetros de expressividade, a expressividade geral foi considerada mais desviada pelos juízes (23,06 mm). Foram realizadas comparações dos resultados entre subgrupos de professores por meio do teste t e correlações por meio do teste Pearson. Não foi observada diferença entre homens e mulheres quanto aos parâmetros de voz, fala e expressividade avaliados. O grupo com mais de 20 anos de docência apresentou mais desvio do que o grupo com menos de 20 anos de profissão quanto aos parâmetros articulação de fala, tensão na região da cintura escapular, gesticulação e expressividade geral. Os professores com até 30 horas semanais apresentaram maior grau de desvio para os parâmetros entonação, gesticulação e contato visual do que os com mais de 30 horas. Houve correlação positiva entre o tempo de docência e articulação de fala, tensão na região da cintura escapular, gesticulação, contato visual e expressividade geral. A parte II do Protocolo foi constituída de uma lista de comportamentos do professor em sala de aula, os quais foram analisados por uma avaliadora e apresentados descritivamente. Durante o tempo de filmagem, o comportamento vocal que ocorreu com maior frequência foi o abuso vocal (de 0 a 24 vezes e média de 4,12) e os comportamentos relacionados ao ruído apresentados pelo maior número de professores foi o atender aos alunos que se manifestam oralmente (12) e competir com o ruído dos alunos presentes na aula (10). Os professores permaneceram a maior parte do tempo falando em pé (7,41 minutos) e andando (5,97 minutos). A construção e análise do protocolo permitiu concluir que os parâmetros de voz, fala e expressividade não se diferem entre homens e mulheres, mas sim quanto ao tempo de docência e carga horária semanal e que o Protocolo auxilia a salientar quais os parâmetros são mais importantes em termos de impacto no professor avaliado e, dessa forma, também a direcionar mais detalhadamente o processo de intervenção clínica pelo fonoaudiólogo. |