Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Barbieri, André Luiz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-01022024-171952/
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Resumo: |
Ao longo destes anos no enfrentamento da aids e do câncer, várias formas de tratamento foram desenvolvidas. Embora estas duas afecções tenham incitado atitudes preconceituosas de discriminação e medo, o trabalho incessante de pessoas envolvidas com os cuidados, possibilitou o avanço das ideias e das discussões, em busca de um existir mais digno e humano para os indivíduos acometidos por essas doenças. Este estudo tem como objetivo, fazer um levantamento das crenças dos familiares dos portadores de HIV/aids e de indivíduos portadores de câncer, relacionadas com o sentimento de morte e com o tratamento ministrado em domicilio, procurando delinear as características dessas crenças, sua representação e principais pontos onde poderiam ser desmistificados. Para tal, será utilizado o referencial afetivo-cognitivo de Fishbein-Ajzen, que concebe a atitude como resultante da conjugação entre crenças e afetos associados a um fenômeno qualquer. A concepção de Fishbein-Ajzen sobre atitudes está fundamentada na distinção entre crenças, atitudes, intenções e comportamentos. Setenta sujeitos foram estudados, sendo 35 familiares de indivíduos portadores de HIV/aids e 35 familiares de portadores de câncer, que participam diretamente dos cuidados diários do enfermo e/ou convivem com este, seguidos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP e no Instituto Ribeirãopretano de Combate ao Câncer. Os familiares foram avaliados a partir da aplicação de um questionário de atitudes, associado a escalas do tipo Likert de 7 pontos. Foram realizados estudos diferenciais, para verificar diferenças de respostas entre os familiares de portadores de HIV/aids e os familiares de portadores de câncer, através do teste t e do teste de Mann-Whitney, tomando-se como critério um índice de significância igual ou inferior a p<.05. Pudemos observar que não houve diferença significativa entre os dois grupos estudados, para as categorias morte e atendimento domiciliar. As atitudes dos familiares levantadas neste estudo, em relação às categorias estudadas, mostram o despreparo e as dificuldades destes no enfrentamento da morte e no cuidar do doente. Apesar do carinho, do amor, da paciência e da fé em Deus serem apontados por eles como importantes na relação familiar, quando estes se deparam com as experiências do dia-a-dia, de cuidar e a iminência da morte, vê-se que é necessário algo mais. Assim, conclui-se que este \"algo a mais\" seria oferecido por nós profissionais da saúde, através da criação de programas que visariam à informação, educação, orientação e suporte emocional, tanto do doente quanto do familiar, a fim de minimizar o sofrimento e oferecer subsídios para o enfrentamento dos diferentes estágios de doença, pelos quais o enfermo passará. |