Avaliação do efeito do treino de marcha em esteira com e sem suspensão do peso corporal no equilíbrio de pacientes com doença de Parkinson em uso de estimulação cerebral profunda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sales, Viviane Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-24022015-152845/
Resumo: Introdução: Após a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda (DBS), pacientes com doença de Parkinson (DP) ainda apresentam alterações posturais e da marcha. Assim, intervenções adicionais são necessárias para reduzir a instabilidade postural e quedas. O treino de marcha em esteira é conhecido por melhorar parâmetros do equilíbrio e marcha de pacientes com DP; no entanto, o que ainda não se sabe é se há diferença entre o treino com e sem suspensão do peso corporal e se esses tipos de treinamento são capazes de potencializar os efeitos da DBS. Objetivo: A proposta deste estudo foi comparar os efeitos do treino em esteira, com e sem supensão do peso corporal, em aspectos do equilíbrio de pacientes com DP após DBS. Métodos: Homens (n=6) e Mulheres (n=5) com DP (60.9± 10.6 anos) em uso de DBS bilateral em Núcleo Subtalâmico foram avaliados quanto o equilíbrio e mobilidade antes e após o tratamento, usando o Time Up and Go test (TUG) em três condições: convencional, cognitiva e motora; assim como, a Escala de Berg e a Posturografia Estática. Na fase 1, todos os sujeitos participaram de um programa de fisioterapia convencional associado à treino em esteira por 8 semanas (16 sessões). Após 6 semanas de período de wash-out, cada participante realizou o mesmo treino durante 8 semanas porém, o treino em esteira foi realizado com suspensão do peso corporal. Resultados: Após a fase 1 de treino em esteira sem suspensão, houve melhoras na performance do TUG cognitivo (pré: 15.7±1,8 s versus pós: 13.7±3.1 s; p=0.01) e um aumento do deslocamento corporal ântero-posterior e médio-lateral com os olhos fechados. Após a fase 2 de treino em esteira com suspensão do peso corporal, houve melhoras do TUG convencional (pré: 12.3±2.0 s versus pós: 10.7±1.7 s; p=0.01) e cognitivo (pré: 14.6±3.5 s versus pós: 12.5±1.6 s; p < 0.05). Não houve mudanças significantes nos escores da Escala de Berg após ambas as fases. Conclusão: O treino de marcha em esteira com ou sem suspensão do peso corporal promove melhora do equilíbrio estático e dinâmico em pacientes com DP após a cirurgia de DBS. Ambos os métodos tem resultados similares; No entanto, o treino de marcha com suspensão do peso corporal parece ser uma opção potencialmente superior, uma vez que pacientes sentem-se mais seguros, e isso pode levar à um tipo de treino mais viável