Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Zampirolli, Ana Paula |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-10082015-092016/
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Resumo: |
A Tafoflora Santa Marta, bairro Guarizinho, Município de Itapeva (SP) da porção mediana basal do Subgrupo Itararé, foi noticiada, primeiramente, por Millan et al. (1982) seguindo-se uma série de trabalhos sobre seus elementos componentes publicados por aquele autor entre 1987 e 1995. Constitui agora, tema dessa dissertação de mestrado. O levantamento e revisão de seus componentes tafoflorísticos vêm sendo efetuados sob a égide do Projeto Temático FAPESP 97/03639-8, intitulado: \"Levantamento da Composição e sucessão paleoflorísticas do Neocarbonífero-Eopermiano (Grupo Tubarão) no Estado de São Paulo\". Os fitofósseis, constituintes dessa tafoflora, são provenientes da entrada da antiga e abandonada mina de carvão da fazenda Santa Marta. Constituem-se de impressões delicadas de caules, folhas e sementes, abundantemente acumulados e superpostos, preservados em meio a material detrítico síltico-argiloso, marrom-claro, apresentando-se muito fragmentados. A assembléia fitofossilífera estudada corresponde ao material depositado no Museu Nacional UFRJ, coletado por Millan, e nesta dissertação, revisado e acrescido de novas coletas do referido jazigo. Essas foram depositadas na Coleção Científica do Laboratório de Paleontologia Sistemática do IGc-USP. A partir desses estudos, sua composição geral pode ser assim discriminada: Macroflora: Esfenópsidas (Sphenophyllum cf. S. churulianum, Sphenophyllum cf. S. rhodesii, Sphenophyllum sp. A, cf. Koretrophyllites sp., Paracalamites australis nov. emend., Paracalamites levis nov. emend., Paracalamites montemorensis nov. emend., Paracalamites sp.); Pteridófilas/Progimnospermópsidas (Botrychiopsis plantiana, cf. Eusphenopteris sp., Nothorhacopteris cf. N. argentinica, Aflébia de Nothorhacopteris cf. N. argentinica), Gimnospermópsidas (Noeggerathiopsis sp., Cordaicarpus zeilleri, Samaropsis itapevensis); Microflora: esporos lisos (Punctatisporites gretensis, P. lucidulus), esporos ) esporos granulados (Granulatisporites austroamericanus, Verrucosisporites morulatus, Dibolisporites disfacies, Raistrickia pinguis), esporos murornados (Ahrensisporites sp., Reticulatisporites sp., Murospora sp.), esporos cingulizonados (Lundbladispora riobonitenses, Vallatisporites ciliaris), grãos de pólen monossacados radial (Plicatipollenites malabarensis, Plicatipollenites densus), grãos de pólen bilateral (Potonieisporites brasiliensis, Potonieisporites congoensis, Potonieisporites magnus, Divarisaccus stringoplicatus, Caheniasaccites flavatus) e prasinófitas (Tasmanites sp.). Esses elementos são típicos de fácies hidro-higrófila e revelam pequeno transporte, contudo, aparecem depositados, junto a elementos mesofílicos num quadro regional glácio-flúvio-deltaico que, localmente, é mais sugestivo de ambiente lagunar/deltaico. Dado o grande volume de fitomassa acumulada, que constitui a formação de camadas de carvão (autóctones ou levemente hipoautóctones) mais a relativa diversificação das espécies componentes da assembléia há uma forte sugestão para clima temperado provavelmente menos rigoroso de um interglacial. Essa evidência paleoclimática corrobora a posição paleolatidudinal dada por paleomagnetismo que coloca essa área entre 30° e 60°S no Carbonífero superior inicial. A tafoflora Santa Marta é considerada neocarbonífera, de provável idade westfaliana, com base em seus elementos megaflorísticos comparáveis às associações da Zona NBG da Argentina e em seu conteúdo palinológico posicionada à Zona Biointervalo Ahrensisporites cristatus. Constitui parte integrante de tafoflora A, dentro da sucessão paleoflorística proposta por Rösler (1978) para a bacia do Paraná, correspondendo a uma flora gondvânica interglacial pré-glossopterídeas. |