Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1998 |
Autor(a) principal: |
Torres, Fresia Soledad Ricardi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-12112015-103924/
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Resumo: |
No presente trabalho procurou-se obter informações paleoambientais, paleoecológicas e paleoclimáticas por meio do estudo dos aspectos fisionômicos e epidérmicos, presentes nos fitofósseis da tafoflora da região de Figueira (Município de Figueira, PR), pertencente ao Membro Triunfo da Formação Rio Bonito. O material estudado encontra-se carbonificado o que permitiu o estudo das cutículas principalmente de folha e sementes. Os exemplares foram coletados em três etapas de campo nos rejeitos dos campos de lavra da Companhia Carbonífera do Cambuí. As espécies identificadas após o estudo sistemático pertencem ao grupo das licófitas e a gimnospermas da ordem Voltziales. Nas licófitas foi incluída a espécie Cf. Brasilodendron pedroanum Chaloner et al., tendo sido relacionados quatro níveis diferentes de decorticação, partindo com o aqui considerado como o mais externo ou Nível \'beta\' até o nível \'épsilon\'. Da mesma forma foram estudados micrófilos isolados de licófitas pertencentes, possivelmente, à espécie de caule Cf. Brasilodendron pedroanum. Ainda dentro das licófitas foi possível estudar abundantes exemplares de megásporos pertencentes às espécies Lagenoisporites triunfensis Arai et. Rösler, Lagenoisporites scutiformis Trindade, Sublagenicula cf. S. brasiliensis (Dijkstra) Dybová-Jachowicz et al. e Setosisporites cf. S. furcatus (Dijkstra) Dybová-Jachowicz et al., sendo Lagenoisporites triunfensis amplamente dominante. As gimonospermas da ordem Voltziales encontram-se representadas pelos gêneros endêmicos do Gondvana Paranocladus e Buriadia. Para a espécie Paranocladus dusenii Florin foram descritas pela primeira vez ramos heterófilos e estróbilos femininos, sendo os ramos dessa espécie muito freqüentes na assembléia. Por meio de estudos epidérmicos foi estabelecida a relação entre a semente paltispérmica, aqui denominada Paranospermum cambuiense e Paranocladus dusenii, sendo possível, desta forma, reconstruir a planta. O gênero Buriadia encontra-se representado, na tafoflora da região de Figueira, pela espécie B. figueirensis sp. nov., embora seus fósseis sejam escassos. Com base nos resultados concluiu-se que a tafaflora estudada possui grandes semelhanças com as tafofloras eopermianas encontradas no Estado do Paraná, no Membro Triunfo da Formação Rio Bonito. Assim, floras com as mesmas características da estudada podem ter integrado uma vegetação homogênea ao longo da paleolinha da costa do mar, hoje inferido, pelos depósitos do Membro Triunfo, pelo menos no Estado do Paraná. Na tafoflora estudada encontram-se representadas, de forma muito geral, três comunidades vegetais: uma comunidade de pântano, composta principalmente por Cf. Brasilodendron pedroanum e esfenófitas, uma comunidade localizada na planície de inundação composta, entre outros, por glossopterídeas e uma comunidade de terrenos mais elevados ou menos frequentemente inundados, dominada por coníferas como Paranocladus dusenii eBuriadia figueirensis. A idade da tafoflora da região de Figueira, pode ser considerada dentro do intervalo topo do Sakmariano - Artinskiano, uma vez que nela estão presentes espécies em comum com paleofloras mais antigas, como a de Monte Mor, SP. O regime climático no qual se desenvolveu-se a tafoflora estudada foi sazonal com estações bem marcadas. As comparações com outras tafofloras conhecidas para o Eopermiano no Gondvana mostram maiores afinidades com as das bacias do Paganzo e de Tepuel-Genoa, na Argentina. Para a África do Sul são encontradas semelhanças, em termos de comunidades vegetais presentes, mas que em termos de composição, com as paleofloras do Ecca Médio. As relações com as tafofloras eopermianas da Austrália, Índia e Antárticas são pouco significativas. |