Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Mune, Sandra Eiko |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-22102015-111424/
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Resumo: |
Sob a influência da glaciação permo-carbonífera gondvânica, depositaram-se complexas associações de fácies que originaram o Subgrupo Itararé (Grupo Tubarão), na bacia do Paraná. Numa das fases interglaciais por que passou o Estado de São Paulo, desenvolveu-se a vegetação que originou a tafoflora do sítio Volpe (ex-sítio da Mina) em Monte Mor (SP). Trata-se de assembléia fitofossilífera ocorrente na porção mediano-basal do Subgrupo, constituída predominantemente de Brasilodendron, Paranocladus, Ginkgophyllum, e subordinadamente de outros gêneros licofíticos tais como Bumbudendron, Leptophloeum e cf. Cyclodendron, bem como gêneros esfenofíticos como Trizygia, Koretrophyllites e Paracalamites, além dos morfogêneros gimnospérmicos Botrychiopsis, Nothorhacopteris, Noeggerathiopsis e Buriadia. Com base em novas amostras e estudos cuticulares, foi possível melhor relacionar neste conteúdo fitofossilífero a presença de Paranocladus dusenii com sementes platispérmicas de Paranospermum cambuiense e registrar formas inéditas para a assembléia, como por exemplo, Ginkgophyllum cf. G. diazii, G. cf. G. kidstonii, (?) Ginkgophyllum spathulifolia, Cordaicarpus cesarii e Samaropsis cf. S. cuerdai. O estudo de megásporos demonstrou ser a espécie Sublagenicula brasiliensis a mais abundante. Registra-se ainda, a ocorrência de duas formas inéditas para a localidade: Banksisporites tenuis e B. vulgatus. A análise palinológica revelou um conteúdo diversificado, predominantemente esporofítico, com significativa abundância dos gêneros Lundbladispora e Vallatisporites e de tipos subsidiários como Horriditriletes, e Calamospora, entre outros, além de grãos de pólen dos gêneros Plicatipollenites, Potonieisporites, Meristocorpus, Limitisporites, e Scheuringipollenites. A flora interglacial do sítio Volpe se desenvolveu numa latitude ao redor de 60° Sul, em condições paleoclimáticas frias. A retração da geleira e a proximidade com o mar, provavelmente, tornaram o clima mais ameno, propiciando o desenvolvimento de comunidades hidro-higrófilas (licófitas e esfenófitas), higro-mesófilas (Koretrophyllites, Botrychiopsis, Nothorhacopteris), mesófilas (cordaitales) e meso-xerófilas (Ginkgophyllum, Paranocladus e Buriadia). As comunidades registradas na lapa do carvão, provavelmente, estariam instaladas em áreas de planície de maré (com licófitas formando associações praticamente puras). As comunidades registradas na capa do carvão, estariam instaladas em planícies de inundação (associações de licófitas, progimnospermas) ou em áreas mais altas (coníferas e ? ginkgoales). Num contexto geral, haveria certo autoctonismo/parautoctonismo, no caso de licófitas e esfenófitas, e aloctonismo para as ginkgoales (?) e voltziales. O clima frio corroboraria para a ocorrência de formas de porte herbáceo a arbustivo. Contudo, esse clima, provavelmente, não foi tão rigoroso, pois possibilitaria a formação de camada de carvão, ainda que de pequena espessura. A presença de algas do tipo Botryococcus denotaria ambientes de água doce e a presença de conchostráceos reforçaria esta hipótese. Um melhor posicionamento bioestratigráfico desta tafoflora é aventado dentro da palinozona Intervalo Crucisaccites monoletus e da III associação megaflorística \"Paranocladus-Ginkgophyllum-Brasilodendron\" do Estado de São Paulo. A mais provável correlação, na Argentina, seria com a Zona Intervalo, ainda que estejam presentes elementos da Zona NBG. Embora não se possa ainda ssegurar uma idade estefaniana para a tafoflora, esta atribuição apresenta-se como a mais provável. O trabalho de revisão e complementação do conteúdo da tafoflora interglacial neocarbonífera do sítio Volpe (ex-Sítio da Mina), Monte Mor (SP) foi desenvolvido como parte integrante do Projeto Temático Fapesp 97/3639-8: \"Levantamento da composição e sucessão paleoflorísticas do Neocarbonífero-Eopermiano (Grupo Tubarão) no Estado de São Paulo\". |