Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Imanishi, Helena Amstalden |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-21012009-103811/
|
Resumo: |
As transformações advindas com a modernidade e com a pós-modernidade alteraram de forma significativa a relação entre as gerações mais novas e as mais velhas. Nas sociedades tradicionais, havia uma hierarquia entre o saber adulto, pautado no passado e na tradição, e a aceitação deste saber por parte dos mais novos. A contemporaneidade e seus discursos fornecem um cenário bastante diferente, no qual a adolescência é tida como ideal, a velocidade das transformações são espantosas e o novo, o moderno, têm seu lugar de destaque nos valores do homem contemporâneo. Neste sentido, imagens solidificadas pelo tempo e pela tradição se alteram, trazendo reflexos nas relações entre jovens e adultos. O objetivo deste trabalho foi investigar a imagem de adulto que os adolescentes de hoje carregam, a partir da avaliação que os últimos fazem dos adultos de hoje, do sentido que os jovens atribuem a este lugar e do que valorizam em um adulto. Participaram da pesquisa um total de 520 alunos do Ensino Médio de escolas públicas e particulares e o instrumento utilizado consistiu em um questionário com 24 questões, cada qual contendo quatro opções de respostas, e duas questões abertas. Os resultados demonstraram uma tendência dos jovens a avaliarem negativamente os adultos em relação a suas atuações na esfera pública (política, meio ambiente, educação e mídia) e a desconfiarem da capacidade dos adultos quanto àqueles atributos tradicionalmente referidos a este lugar (confiança, sabedoria, modelo a ser seguido, ética) e, no entanto, 63% dos sujeitos acreditaram dever obediência aos adultos de hoje. O dinheiro, o desemprego e a competição no mundo do trabalho mostraram-se como uma das preocupações mais importantes dos adultos de hoje e dos jovens em relação ao futuro. Aparentemente, a imagem do adulto, lugar de saber e de guia dos mais novos não apresenta a consistência que tinha no passado e poucos parecem ser os modelos passíveis de admiração disponíveis aos jovens hoje. O significado de ser adulto e de ocupar este lugar parece tender a um trabalho e a uma construção exclusivamente pessoal e individual. |