Evolução do teor de óleo em frutos de cultivares de abacateiro (Persea americana, Miller), em diferentes regiões do Estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1975
Autor(a) principal: Lucchesi, Antonio Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-154829/
Resumo: Conduziu-se, um experimento para verificar a evolução do teor de óleo na polpa do abacate, em três regiões ecologicamente diferentes do Estado de São Paulo (Novo Horizonte, Limeira e Itapetininga), com a finalidade de se determinar o estágio adequado de colheita dos frutos para um maior rendimento industrial na produção de óleo. Em cada região, utilizou-se três pomares e em cada pomar selecionou-se cinco árvores das cultivares ‘Wagner’ ‘Prince’ e ‘Collinson’, colhendo-se dois frutos de cada árvore, que no conjunto (dez frutos) formaram a amostra a ser analisada, para cada cultivar. Efetuaram-se colheitas em épocas pré-determinadas, visando a análise do desenvolvimento do fruto, desde a sua formação até a época de maturação. Efetuou-se também análises em amostras deixadas amadurecer até o ponto de consumo (polpa mole). Para as análises das principais características físicas do fruto: peso do fruto, da polpa, da semente e da casca, e umidade natural da polpa, utilizou-se o laboratório do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, SP. Nesse mesmo local, com o objetivo de avaliar a gradual maturação do fruto, examinou-se a resistência da polpa à penetração, utilizando-se o pressômetro (Fruit Pressure Testers). As análises do teor de óleo na polpa do abacate foram efetuadas nos laboratórios do Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL , em Campinas, SP , segundo a metodologia da American Oil Chemist’s Society - A.O.C.S. Através dos estudos realizados, verificou-se que o clima da região exerce influências no ciclo de frutificação (do florescimento a maturação) do abacate. Relacionando-se as regiões estudadas, em uma determinada data, os frutos se apresentavam em diferentes graus de desenvolvimento fisiológico, mais adiantados na região mais quente e mais atrasados na região mais fria. No estágio final de maturação do abacate, constatou-se uma influência do clima sobre o teor de óleo na polpa. Considera-se que o fator climático a influenciar o teor de óleo foi provavelmente a temperatura, determinando teores mais elevados na região mais fria. Foi observado que a evolução do teor de óleo na polpa do abacate se processa lentamente no início, acentuando-se no final do desenvolvimento do fruto. Constatou-se aumento no teor de óleo na polpa, enquanto o abacate permaneceu na árvore. Não foi constatado influência das características do solo, dos tratos culturais e da idade dos pomares sobre o teor de óleo na polpa do abacate. Foi constatado uma correlação entre o aumento do teor de óleo e a diminuição do teor de água na polpa do abacate. Relacionando- se tal fato, encontrou-se uma equação geral de regressão Y = 86,626 - 0,727 X, onde Y = porcentagem de água e X= porcentagem de óleo, com ótima adaptação a regressão linear, como comprova o seu coeficiente de determinação de 91,50%. A utilização do pressômetro, como critério para avaliar o grau de maturação do abacate não se mostrou viável.