Processamento mínimo de cebola roxa: aspectos bioquímicos, fisiológicos e microbiológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Berno, Natalia Dallocca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-10092013-155424/
Resumo: A cebola (Allium cepa L.) é uma das plantas de maior difusão do planeta e apresenta grande importância mundial, não só em termos de produção, mas também de consumo. No Brasil, é a terceira hortaliça mais cultivada e seu consumo é feito principalmente in natura como condimento ou tempero. Os produtos minimamente processados vêm obtendo crescente participação no mercado de produtos frescos em função da praticidade que oferecem ao consumidor. No caso da cebola, o preparo do bulbo é o maior motivo de reclamações, já que por conter compostos voláteis causam irritação aos olhos e deixam odor característico na mão do manipulador. Seu processamento mínimo poderá aumentar seu consumo e ainda alcançar novos mercados por todo o País. Entretanto, para que isso ocorra é preciso estudar a fisiologia e o manuseio específico dessa hortaliça, de forma a compreender as principais alterações que ocorrem, além de métodos que possam reduzir mudanças que acelerem sua deterioração. Este trabalho teve como objetivo avaliar os aspectos bioquímicos, fisiológicos e microbiológicos da cebola roxa minimamente processada, utilizando diferentes temperaturas de armazenamento, combinadas com dois tipos de corte, e, posteriormente, diferentes embalagens, a fim de prolongar sua vida útil. No primeiro experimento foram testadas quatro temperaturas de armazenamento, 0, 5, 10 e 15°C, e dois tipos de cortes, cubos (10 mm aresta) e fatias (3-5 mm espessura), por 15 dias a 85-90% UR. No segundo, o corte que teve o melhor desempenho foi utilizado para testar diferentes embalagens: recipiente de polipropileno (PP), filme de cloreto de polivinila (PVC - 14 ?m), filme de PP (10 ?m) e filme de polietileno de baixa densidade (PEBD - 10 ?m). As cebolas foram armazenadas a 5°C e 85-90% UR, por 12 dias. Foram realizadas as análises de pungência e da quantificação de compostos fenólicos totais, antocianinas e de quercetinas, assim como a taxa respiratória, a composição gasosa no interior das embalagens, a coloração, o teor de sólidos solúveis, e de acidez titulável, o pH, os índice de ressecamento e deterioração, a incidência de podridões e as análises microbiológicas. Cebolas armazenadas a temperaturas de 0 e 5°C e cortadas em fatias apresentaram menor pungência, menores variações nos teores de compostos fenólicos, antocianinas e quercetinas, além de menores taxas respiratórias e manutenção dos aspectos físicos e da aparência. A utilização das diferentes embalagens pouco interferiu nos aspectos estudados, exceto no pH, ângulo de cor, concentração gasosa e aparência. Independente dos tratamentos e durante os períodos de armazenamento, houve alteração dos atributos estudados. A cebola minimamente processada teve maior vida útil quando armazenada a 0°C, associada ao corte em fatias. O recipiente de PP reduziu em 3 dias a vida útil da cebola roxa. Os filmes de PP e PEBD proporcionam maior qualidade fisiológica e visual por mais tempo.