Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
More, Candy Christie Bellido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-08112022-172105/
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Resumo: |
CONTEXTO: Os tumores adrenocorticais (TACs) são raros e agressivos. YAP1, um efetor da via Hippo, é superexpresso em outros tipos de câncer. Recentemente, foi demonstrado que a superexpressão de YAP1 se associa com pior prognóstico de pacientes pediátricos com TAC. OBJETIVOS: Avaliar o papel do oncogene YAP1 e o efeito antitumoral de seu inibidor, a verteporfina, na tumorigênese adrenocortical. MÉTODOS: Ex vivo e in silico, a expressão do gene YAP1 em TACs foi analisada a partir de dados públicos disponibilizados nas bases de dados TCGA e GEO, bem como de dados resultantes do RNA-seq de amostras de TACs pediátricos da coorte FMRP/USP-Boldrini. Adicionalmente, o perfil de metilação do gene YAP1 foi analisado a partir dos dados de amostras de pacientes pediátricos da coorte FMRP/USP-Boldrini e de dados públicos no GEO. In vitro, o papel do YAP1 sobre a progressão de TACs foi examinado por meio de ensaios de viabilidade celular, ciclo celular, formação de colônias em ágar mole e invasão celular. A influência de YAP1 sobre a expressão proteica e a atividade transcricional da beta-catenina foi examinada por meio de Western blot, imunofluorescência e qPCR em tempo real. In vivo, foi avaliado o efeito da inibição farmacológica do YAP1 usando verteporfina sobre o crescimento tumoral em modelo xenográfico murino de TACs. RESULTADOS: Houve associação significativa entre a alta expressão de YAP1 com a menor sobrevida de pacientes pediátricos das coortes GEO e FMRP/USP-Boldrini e de pacientes adultos da coorte TCGA. Ainda, observou-se duas assinaturas de metilação de YAP1 nas coortes pediátricas avaliadas, sendo que houve associação entre estas assinaturas e o prognóstico dos pacientes da FMRP/USP-Boldrini. Juntos, estes resultados confirmam a importância do gene YAP1 neste processo. In vitro, a inibição do YAP1 reduziu a viabilidade celular através do bloqueio da progressão do ciclo celular na fase G0-G1, inibiu a expressão dos marcadores do processo de transição epitélio-mesênquima, assim como o crescimento independente de ancoragem e a invasão celular. Adicionalmente, o YAP1 modulou os níveis proteicos e a atividade transcricional da beta-catenina e, ao mesmo tempo, a beta-catenina mostrou-se mediadora parcial do efeito do YAP1 nas células adrenocorticais. Finalmente, in vivo, a verteporfina inibiu o crescimento tumoral por meio da inibição da proliferação tumoral, demonstrada pela imunorreatividade reduzida de Ki67 nos xenoenxertos de TAC nos animais tratados. CONCLUSÕES: Nossos achados reforçam o papel do YAP1 como um novo marcador prognóstico para pacientes com TAC, bem como demonstram a contribuição de sua desregulação no processo de tumorigênese adrenocortical. Este estudo evidencia a importância da interação entre as vias Hippo/YAP1 e Wnt/beta-catenina em células adrenocorticais. A demonstração do efeito antitumoral da verteporfina sugere que YAP1 pode ser um novo alvo para o tratamento de pacientes com TAC. |