Jorge de Sena e a Peregrinação Infecta: das paisagens poéticas que se (não) dão a ver

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Alessandro Barnabé Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-30012018-190912/
Resumo: Jorge de Sena figura como personalidade poética de difícil enquadramento nas searas de produção poética da década de 40 a 60 em Portugal. Não tendo sido um poeta presencista ou neorrealista, nem surrealista ou sequer aderindo fielmente ao fingimento poético de Fernando Pessoa, o poeta português forja uma poética própria a partir da ideia de testemunho e de metamorfose esta avultando como resultado poético do ato ético-estético da poesia, através da simbiose entre sujeito empírico e sujeito poético. Esta dissertação tem por objetivo investigar a (não) figuração de paisagens poéticas relacionadas aos seus destinos de exílio: Portugal, Brasil, e Estados Unidos da América. Ou seja, o que pode ser visto ou aquilo que é escondido destas e nestas paragens de sua peregrinação infecta, encontrada em sua Peregrinatio ad Loca Infecta (1969), diário tornado objeto estético na configuração ética de seu testemunho circunstancial. Para tanto, a investigação apoia-se nos estudos geográficos de orientação humanista-cultural, bem como nos estudos em torno da relação entre escrita poética e paisagem, desenvolvidos pelo crítico francês Michel Collot.