Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Machado, Rodrigo Corrêa Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3464
|
Resumo: |
Este trabalho se propõe a analisar comparativamente as obras de dois importantes poetas portugueses: Luís de Camões e Jorge de Sena. Como eixo temático, me baseei, sobretudo, nas possibilidades abertas pelo Maneirismo a toda a arte (com enfoque na poesia) no que diz respeito à violação, profanação, ressignificação de si mesma dentro e além da sua história. Essa leitura maneirista das obras camonianas e senianas se deu de forma alegórica, não histórica, de forma a nos possibilitar, a princípio, investigar o próprio lugar do poeta que Camões e Sena assinalam em seus escritos e, a posteriori, buscar apresentar uma relação entre os conceitos de ―apetite em razão‖, do autor d‘Os Lusíadas, e ―testemunho‖, do autor de Metamorfoses. Para ambos os autores, o poeta é um ser em exílio, à margem, angustiado pelo mundo fragmentado em que vive, pelas desrazões a que é submetido cotidianamente e que vê na palavra a possibilidade de subverter a ordem, de profaná-la. Dessa forma, a poesia de Camões e Jorge de Sena constitui-se palco para as manifestações das experiências interiores que possuem do erotismo, da guerra, do exílio, fazendo com que, a partir do individual, a palavra poética toque os universais da existência humana. Os dois poetas são paradoxais: escritores do seu tempo e à frente dele que, ao falarem de si próprios, atingem a mais universal humanidade |