Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Vieira, Carlos Alexandre |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-19102023-142748/
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Resumo: |
A obesidade atualmente pode ser encarada como um risco não só à saúde, mas também como um fator de discriminação, que pode prejudicar o convívio social e ou profissional. O objetivo do estudo foi determinar a prevalência de sobrepeso e obesidade em estudantes do ensino médio, em uma escola pública e outra escola particular do Município de Guarulhos - SP no ano de 2002. Participaram do estudo em ambas as escolas 421 alunos, com idades entre 14, 15, 16 e 17 anos. Na escola pública foram analisados 286 alunos, sendo 163 do sexo feminino e 123 do sexo masculino e na escola particular foram analisados 135 alunos, sendo 66 do sexo feminino e 69 do sexo masculino. Realizaram-se as medidas de massa corporal, estatura corporal e as dobras cutâneas tricipital e subescapular, seguindo as recomendações de HARRISON e col. (1988). Para classificar sobrepeso adotou-se como referência os valores de corte do índice de massa corporal (kg/m2) sugeridos por HIMES e DIETZ (1994), ajustados por sexo e idade, e para classificar a obesidade foi adotado como referência os valores de corte do somatório das espessuras das dobras cutâneas tricipital e subescapular sugeridos por LOHMAN (1989) ajustados por sexo e idade. Os resultados mostraram que a prevalência de sobrepeso nos alunos da escola pública foi de 5,5% e 3,3% para o sexo feminino e masculino respectivamente. Na escola particular os valores encontrados foram de 3,0% e 4,4% para o sexo feminino e masculino respectivamente. A análise estatística mostrou não existirem diferenças significativas entre a prevalência de sobrepeso em relação aos alunos da escola pública e particular (p = 0,922). A prevalência de obesidade nos alunos da escola pública foi de 24,5% e nos alunos da escola particular foi de 23,0%, entretanto não encontramos diferenças estatisticamente significativas entre as escolas (0,734). Ao analisar o total de horas despendidas assistindo televisão, vídeo game e computador, observamos que os alunos da escola pública, quando comparados aos alunos da escola particular, passam em média 8,04 ± 5,69 horas semanais a mais realizando estas atividades, as quais têm caráter eminentemente sedentário. Contudo o p-valor da escola pública (0,434) e o p-valor da escola particular (0,928) demonstram não existir diferenças significativas entre os níveis de sobrepeso e o total de horas dedicadas em todas as atividades. Em relação à obesidade, os valores de p observados na escola pública (0,257) e na escola particular (0,764) confirmam não existir diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis analisadas. Observando o número de horas semanais dedicadas à prática de atividade física fora do horário escolar, verificamos que os alunos da escola particular dedicam mais tempo a essas atividades (6,31 h/sem) quando comparados aos alunos da escola pública (4,67 h/sem). Contudo não foi verificada associação entre sobrepeso e o número de horas praticadas de atividade física fora do horário escolar. Na escola pública o p-valor observado foi de 0,822 e na escola particular o p-valor observado foi de 0,104. Na associação desta variável com a presença de obesidade verificou-se que tanto na escola pública (p = 0,249) como na escola particular (p = 0,922) os resultados demonstram não haver diferenças estatisticamente significativas entre as duas variáveis. Uma possível justificativa para não encontrarmos diferenças estatisticamente significativas entre as variáveis analisadas, talvez tenha sido o fato de que alguns alunos aparentemente obesos, não se prontificaram a participar do estudo. Portanto, o aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade parece estar muito mais relacionado a um processo multifatorial, envolvendo fatores genéticos, metabólicos e ambientais, do que simplesmente a análises isoladas. Desta forma é possível sugerir que novos estudos se realizem analisando as variáveis sobrepeso e obesidade com horas assistidas de televisão, vídeo game, computador e nível de atividade física de adolescentes. |