Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Bin, Renan de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-26022024-090630/
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Resumo: |
Os carrapatos duros se alimentam de sangue da poça hemorrágica que formam na pele de seus hospedeiros. Consequentemente, eles ingerem grandes quantidades de imunoglobulinas. Para ajudar o repasto de sangue pelo carrapato fêmea, os carrapatos machos secretam saliva contendo varios tipos de proteínas, sendo uma delas a proteína de ligação a IgG (IGBPs). Estudos anteriores demonstraram que as IGBPs ligam nas porções constantes (Fcs) de imunoglobulinas e interferem nas funções efetoras dessas proteínas. Também demonstraram no ensaio de angiogênese em Matrigel que a IGBP era forte inibidor desse processo biológico. Por meio do software interpro foi observado bioinformáticamente que a IGBP possui um domínio do ativador gangliosídeo 2 monossialilado (GM2A). O GM2A é um cofator de β-hexosaminidase A, que catalisa a degradação de ceramidas sialiladas, ou gangliosídeos, em membranas de células eucarióticas. Os gangliosídeos livres são eliminados em grandes quantidades por células durante a inflamação e reparo de feridas e em doenças como retinopatias e câncer, processos que envolvem angiogênese. Considerando esses dados, examinamos se a IGBP inibe a angiogênese no modelo de membrana corioalantóide de embriões de galinha e, por meio de arranjo de qPCR para processo de angiogênese, demonstramos que a IGBP impactava significativamente a expressão gênica de células endoteliais de coelho tratadas com a proteína. Demonstramos que a IGBP se liga na membrana de células tumorais por meio de imunofluorescência. Em outro modelo, em camundongos C57Bl/6 e BALB/c, examinamos o efeito do IGBP no crescimento do tumor e formação de vasos neles. Dessa maneira foi possível mostrar que a IGBP diminui a vascularização da membrana corioalantóide e que inibe os tumores, reduzindo sua vascularização e disponibilidade de gangliosídeos promotores de tumor. Esses resultados podem indicar que a IGBP merece ser desenvolvida como uma nova droga antitumoral, além de confirmar sua nova função antiangiogênica, mas que mais ensaios para descrever os mecanismos pelos quais ela possibilita esses resultados são necessários. |