Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Jorge, Daniel de Moraes Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-22082023-123122/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A lesão medular continua desafiando a medicina atual, pois seguimos ainda sem opções terapêuticas com real benefício comprovado na recuperação funcional dos pacientes. Os tratamentos oferecidos buscam reduzir a expansão da lesão na fase secundária, onde os danos podem ser incrementados, buscando promover a regeneração axonal. Estudos realizados a partir de lesão medular induzida em diversos modelos animais têm sugerido que algumas drogas, como o monosialogangliosídeo sódico (GM-1), possuem efeitos neuroprotetores e neurotróficos quando administradas após evento traumático que leve à lesão do tecido neural. Porém, ainda não temos definido o melhor momento para iniciar sua utilização na prática clínica, e a posologia usual, também pode ser um desafio para a utilização padronizada, pois, tradicionalmente, vias endovenosas ou intramusculares mantidas por longos dias podem levar a desconforto e complicações nos locais de aplicação. Além disso, o produto pode enfrentar dificuldade em ultrapassar a barreira hematoencefálica, fazendo com que pequenas concentrações de GM-1 atinjam efetivamente o sistema nervoso central. O objetivo deste trabalho foi estudar o melhor momento e a viabilidade da aplicação do GM-1 por via intratecal após lesão contusa medular em ratos Wistar. MÉTODOS: Quarenta ratos da raça Wistar submetidos à lesão contusa da medula após laminectomia, com utilização do sistema NYU Impactor em laboratório. Os animais foram sorteados e divididos em quatro grupos sequencialmente, sendo: Grupo 1 aplicação de GM-1 intratecal após 24 h da lesão medular; Grupo 2 aplicação de GM-1 intratecal após 48 h da lesão medular; Grupo 3 aplicação de GM-1 intratecal após 72 h da lesão medular; Grupo 4 sham, realizado laminectomia e aplicação intratecal de 0,5 mL de solução fisiológica 0,9%, sem lesão medular. Os animais foram avaliados quanto à recuperação da função locomotora em sete diferentes momentos pela escala de Basso, Beattie e Bresnahan (BBB) em dois dias e semanalmente até a sexta semana pós-lesão medular. Foram ainda avaliados pelo plano horizontal, com critérios de avaliacão comportamental sensorio-motora, antes da lesão e ao final da sexta semana de pós-operatório. RESULTADOS: Esse projeto experimental revelou melhores escores funcionais na avaliação com os escores BBB e plano horizontal no grupo submetido à aplicação de GM-1, com resultados estatisticamente significativos, especialmente no Grupo 2, submetido à aplicação após 48 h da lesão medular. CONCLUSÃO: Com os resultados apresentados, este estudo demonstrou que a aplicação do GM-1 por via intratecal após lesão medular contusa em ratos Wistar é viável e que a aplicação após 48 h da lesão, apresentou os melhores resultados funcionais |