Repasse cambial para os preços de importação e ao atacado da indústria brasileira: uma análise via Global VAR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Costa, Felipe dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96131/tde-20082019-105338/
Resumo: O repasse de choques cambiais, ou de custos produtivos em geral, para os preços é um problema chave para o controle da inflação pela autoridade monetária, sendo seu entendimento uma das ferramentas para tomadas de decisão de políticas. Na literatura, já se argumentou que a estimação do repasse cambial usando dados agregados pode levar a uma superestimação do grau de transmissão dos choques e que a heterogeneidade das diferentes atividades levam a decisões de precificação e transferência de custos diferenciadas para cada uma. Utiliza-se então o Global VAR para estimar um modelo multi-setores, usando os preços de importação e ao atacado dos setores da indústria de transformação brasileira, além do câmbio e preço do petróleo como variáveis globais, levando-se em conta os canais de transmissão de choques entre ambos preços como entre setores, buscando capturar possíveis efeitos transbordamento. Os resultados aqui obtidos estão em consonância com a literatura nacional e internacional, sendo que os preços de importação apresentam um repasse de cerca de 80% no primeiro trimestre seguido ao choque, reduzindo para 73% após vinte trimestres, enquanto que para o atacado de cerca de 11% a 22% após ume vinte trimestres do choque, respectivamente. Emvista do método utilizando, estimou-se também o grau de repasse de choques de custo vindo do preço do petróleo para os preços de importação e ao produtor, sendo que após umtrimestre do choque a transmissão era de 18% e 6%, e após vinte, 29% e 9%, respectivamente