Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Leão, Rafael de Azevedo Ramires |
Orientador(a): |
Marconi, Nelson |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/10438/33133
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Resumo: |
Artigo 1: A compreensão da volatilidade cambial, bem como os fatores que a influenciam, é importante para o estudo do desenvolvimento econômico. Nesta pesquisa buscou-se entender a relação entre a rentabilidade da operação especulativa denominada carry-trade (através de uma proxy) e a volatilidade da taxa de câmbio nominal para um grupo de 23 países, entre 2001 e 2019. Os resultados foram obtidos através da regressão linear com dados em painel e efeitos fixos, com erros padrão do tipo Driscoll-Kraay. Também se executou o teste de não causalidade-Granger para painéis heterogêneos para observar o sentido da relação causal entre as variáveis. A pesquisa encontrou evidências empíricas de que a variação na volatilidade da taxa de câmbio nominal é impactada positivamente pela variação da rentabilidade da operação de carry-trade e que o sentido causal desta relação ocorre da rentabilidade do carry-trade para a volatilidade cambial. O estudo também verificou que outras variáveis possuem impactos positivos e relevantes sobre a volatilidade cambial com coeficientes superiores ao impacto da rentabilidade do carry-trade, sendo o maior impacto exercido pelo acúmulo de reservas cambiais, seguido pelo indicador de volatilidade do S&P 500 (VIX). Artigo 2: A apreciação cambial quando inibe a economia de ter acesso aos mercados internacionais, ao passo que abre seu mercado local para as demais economias externas, por vezes impede o produtor local de competir. Esse mesmo processo pode afastar economias da sua integração com as Cadeias Globais de Valor (CGVs). A presente pesquisa busca contribuir ao verificar a influência da sobreapreciação cambial sobre o nível de emprego total das economias, agregado e desagregado por setores e suas intensidades tecnológicas, e sobre o emprego destes setores que estão engajados diretamente no atendimento à demanda final externa. Utilizando o sistema de Método Generalizado dos Momentos a pesquisa buscou encontrar evidências deste efeito da sobreapreciação cambial sobre os empregos. Foram utilizados dados anuais, entre 1995 e 2018, em nível setorial (45 setores) de 51 países. No que tangem os resultados encontrados, no agrupamento considerando todos os setores, as evidências encontradas nesta pesquisa mostram que quanto maior a sobreapreciação cambial, esta exerce impacto negativo no emprego da economia no curto prazo e em menor grau também no médio prazo. Quando se considera o emprego incorporado à demanda externa final, os impactos também são negativos e mais intensos, tanto no curto como no médio prazo, com elevado grau de confiança. Artigo 3: A presente pesquisa busca contribuir ao rol de estudos sobre o repasse cambial no Brasil ao estimar o grau do repasse ao longo do tempo, entre 2000 e 2020, para os preços no atacado brasileiro, medidos pelo Índice de Preços ao Atacado, de maneira desagregada. De modo distinto de grande parte da literatura econômica, buscou-se estimar os parâmetros do repasse cambial de maneira contínua e sistemática, obtendo séries temporais para seu comportamento. O método escolhido para a estimativa desses coeficientes de maneira contínua foi de Mínimos Quadros Ordinários (MQO) com janelas deslizantes (rolling regressions). Conforme constatou-se, os parâmetros do repasse cambial apresentaram variação ao longo do tempo e comportamento não estável dos coeficientes estimados no conjunto de indicadores de preços do atacado no período analisado. Entre os resultados encontrados, constatou-se que é possível periodizar o comportamento do grau do repasse cambial para os indicadores de preço no atacado em dois momentos. O primeiro, pré-2011, marcado pela redução do grau de repasse, e o segundo, pós 2011, que é marcado pela elevação desse repasse cambial. A mudança de regime entre apreciação e depreciação da taxa de câmbio, pode ser uma das fontes desse comportamento não-linear do repasse. |