Mescla estilística e ambiguidade em Broquéis de Cruz e Sousa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Paula, Douglas Ferreira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-10042014-121337/
Resumo: Em termos gerais, este trabalho consiste em uma análise do livro de poesia Broquéis. Percorrendo linhas de força da trajetória intelectual do poeta João da Cruz e Sousa (1861- 1898) e abordando aspectos de sua fortuna crítica, o estudo pretende ressaltar, entre outros aspectos, as qualidades desse livro. Ainda, apoiando-se em estudos já realizados acerca da literatura do poeta simbolista, a dissertação reforça uma leitura analítica de três poemas em particular. Trata-se dos poemas Antífona, Acrobata da Dor e Rebelado, a partir dos quais destaco traços da poética do livro. Das hipóteses interpretativas, uma delas é que não existe um estilo de poesia pura, e que traços gerais do que se convencionou chamar de parnasianismo e decadentismo, sobretudo, mesclam-se ao simbolismo então nascente no Brasil. Do mesmo modo, verifica-se a partir das análises a impossibilidade de descrever estados de espíritos precisos do eu lírico, o que configura uma situação de ambiguidade recorrente nos poemas. Mescla e ambiguidade podem ser entendidas assim tanto por serem respostas concretas de um poeta em uma fase de incertezas culturais e estéticas quanto por serem o resultado objetivo dos processos sociais da arte de final de século, no Brasil. Por fim, o estudo termina destacando que as faltas e as impossibilidades que marcam a poética de Broquéis podem ser tomadas idealmente em termos positivos como expressão de um discurso moderno em torno da crise da poesia, aliando assim a poética de Cruz e Sousa à modernidade.