Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Baquião, Larissa Sales Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-31082018-151414/
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Resumo: |
O tema violência doméstica contra a mulher é um problema universal, pelo seu impacto nas áreas econômicas, sociais, educacionais e da saúde. A enfermagem tem um papel significativo no reconhecimento e acompanhamento dos casos, mas faz-se necessário que os profissionais estejam capacitados para tal. O objetivo deste estudo foi identificar a percepção e o conhecimento de estudantes de um curso técnico em enfermagem acerca da violência doméstica contra a mulher perpetrada pelo parceiro íntimo. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, exploratório e transversal. Foi aplicado um questionário validado com questões sobre percepção e o conhecimento acerca da violência contra a mulher. A amostra contou com a participação de 84 estudantes dos três módulos do curso, com idade igual ou superior a 18 anos, no ano de 2017. Os dados foram organizados em planilhas, validados por dupla digitação e posteriormente transportados para o pacote estatístico do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22.0. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa. Os resultados mostraram que os estudantes se sentem à vontade em perguntar às clientes sobre o uso de álcool ou tabaco, porém incomodados em tratar sobre o uso de drogas, vida sexual e violência conjugal. Tendem a infantilizar o atendimento à mulher em situação de violência. Discordaram que fatores sociais sejam causas de agressão, mas concordaram que o uso abusivo de álcool ou drogas e problemas psicológicos do parceiro possam estar entre as causas. Afirmaram que os agressores devem ser presos, mas há a crença de que a violência doméstica seja um assunto de fórum íntimo e privado. Demonstraram ter bom conhecimento sobre a definição das várias formas de violência, e reconhecimento de sinais e sintomas, contudo, baixo conhecimento sobre a epidemiologia da violência contra a mulher. Afirmaram ser atribuição do profissional de enfermagem abordar sobre violência doméstica, mas que esta não seja direta ou insistente. Discordaram que o profissional deva ignorar sinais de violência, assim como referiram que há necessidade de agendar retorno em intervalos menores, em casos suspeitos de violência doméstica. Quase metade dos estudantes desconhecem protocolos de atendimento à mulher em situação de violência sexual e a maioria afirmou que o médico não deve prescrever calmante/antidepressivos para a mulher agredida. Referiram que é válido avaliar com a cliente os riscos à que estão expostas e elaborar um plano de segurança. Responderam que a terapia de casal e psicoterapia seja recomendável. A minoria reconheceu a importância da notificação dos casos, mas afirmaram a importância de fornecer número de telefone de instituições que acolhem mulheres e recorrer à delegacia da mulher. Enfim, os achados demonstraram que os estudantes possuem um conhecimento parcial acerca do manejo dos casos de violência doméstica e lacunas em sua formação necessitam ser preenchidas, sendo recomendável a inclusão do tema no conteúdo programático do curso e possibilitar experiências práticas aos estudantes |