Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Marcelo Assis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-11012022-133105/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória crônica do trato gastrointestinal que pode cursar com manifestações extraintestinais. Estudos têm evidenciado aumento da incidência de manifestações cardiovasculares em pacientes com DC em relação à população geral, podendo estar relacionado à inflamação crônica. Entretanto, não há até o momento nenhum estudo com caracterização tecidual miocárdica em fase subclínica nessa população. Nesse sentido, a presente investigação visa avaliar o tecido miocárdico e outras variáveis do estudo de ressonância magnética cardiovascular (RMC) em pacientes com DC em diferentes níveis de atividade inflamatória endoscópica. MÉTODOS: Foram incluídos 51 pacientes com DC e 20 controles voluntários. Todos os participantes foram submetidos a exame de RMC com meio de contraste paramagnético (gadolínio), utilizando técnica de caracterização tecidual miocárdica por mapa T1 (MOLLI) pré e pós-contraste, análise do volume extracelular (VEC) e estudo da mecânica ventricular (strain) pelo método de feature tracking. Os pacientes com DC possuíam exame de colonoscopia com avaliação da atividade inflamatória da doença (escore SES-CD) com até 3 meses da data da RMC. Todos os participantes foram ainda submetidos a avaliação clínica e laboratorial, com coleta de hemograma completo, PCR, albumina, troponina I e galectina-3. RESULTADOS: Os pacientes com DC apresentaram média de tempo de doença de 17 anos, mediana do valor do SES-CD de 7 (intervalo interquartil de 0 a 11,5), sendo que 51% da amostra apresentava atividade inflamatória moderada ou acentuada, e 61% comportamento penetrante da doença. Não houve diferença significativa entre os grupos com DC e controles em relação aos volumes e massa ventricular. Houve apenas um caso com realce tardio miocárdico de padrão não isquêmico, representado por um paciente com DC e atividade endoscópica moderada. Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos DC e controle com relação aos valores do T1 nativo e VEC (T1 nativo de 912,0 ± 28,4 ms vs. 911,0 ± 29,1 ms, p>0,05; e VEC de 25,7 ± 2,8% vs. 25,1 ± 2,8%, p > 0,05, respectivamente). Observou-se piora do strain global circunferencial (SGC), radial (SGR) e longitudinal (SGL) em pacientes com DC que apresentavam maiores valores de SES-CD (SGL, por exemplo - controles: -24,1 ± 3,8%; DC remissão/atividade leve: -22,6 ± 3,7%; DC atividade moderada/acentuada: -20,1 ± 2,9%; p < 0,05). CONCLUSÕES: Pacientes com DC em atividade inflamatória aguda e sem doença cardiovascular conhecida não apresentaram evidências significativas de alterações do tecido miocárdico avaliadas pelo mapeamento T1 por RMC. No entanto, pacientes com DC e maior inflamação intestinal exibiram discreta piora da função / mecânica ventricular avaliada pelo método feature tracking da RMC |